Dados dos Serviços de Alfândega da China, publicadas na quinta-feira no portal do Fórum Macau, indicam que a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 74,75 mil milhões de dólares (61,91 mil milhões de euros) – mais 32,21% – e vendeu produtos no valor de 32,99 mil milhões de dólares (27,32 mil milhões de euros), mais 23,66% em termos anuais homólogos.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 80,03 mil milhões de dólares (66,29 mil milhões de euros) entre janeiro e novembro de 2017, um valor que traduz um aumento de 29,16% face ao apurado nos primeiros 11 meses de 2016.
As exportações da China para o Brasil atingiram 26,25 mil milhões de dólares (21,74 mil milhões de euros), refletindo uma subida de 31,91%, enquanto as importações totalizaram 53,78 mil milhões de dólares (44,54 mil milhões de euros), mais 27,91% face aos primeiros 11 meses de 2016.
Com Angola, o segundo parceiro lusófono da China, as trocas comerciais cresceram 45,14%, atingindo 20,65 mil milhões de dólares (17,10 mil milhões de euros).
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 2,09 mil milhões de dólares (1,73 mil milhões de euros) – mais 32,40% – e comprou mercadorias avaliadas em 18,56 mil milhões de dólares (15,37 mil milhões de euros), refletindo uma subida de 46,73%.
Com Portugal, terceiro parceiro da China no universo dos países de língua portuguesa, o comércio bilateral cifrou-se até novembro em 5,15 mil milhões de dólares (4,26 mil milhões de euros) – mais 0,43% –, numa balança comercial favorável a Pequim.
A China vendeu a Lisboa bens na ordem de 3,22 mil milhões de dólares (2,66 mil milhões de euros) – menos 13,31% – e comprou produtos avaliados em 1,92 mil milhões de dólares (1,59 mil milhões de euros), mais 36,53% face aos primeiros 11 meses de 2016.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que se reúne a nível ministerial de três em três anos.
Lusa