A presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde – PAICV (oposição), Janira Hofpher Almada, reivindica uma “maior aposta” na juventude cabo-verdiana para o ano de 2018, uma vez que este sector “não foi prioritário” na remodelação governamental.
De acordo com Janira Hofpher Almada, o ano de 2017 foi de “desesperança” para a juventude cabo-verdiana, uma vez que, segundo diz, o Governo prometeu “mundos e fundos” e com “mais e melhores empregos”.
A líder do PAICV acrescenta que foi a governação do Movimento para a Democracia (MpD, no poder) que “ofereceu” oportunidades e acesso universal ao ensino superior e a isenção de propinas em todos os níveis do ensino.
“Dois anos depois, a promessa de isenção de propinas vai chegando a conta-gotas, e no terceiro Orçamento do Estado (OE) ainda apenas se vai garantir a isenção de propinas até o oitavo ano de escolaridade”, esclareceu.
JHA apontou igualmente a diminuição dos subsídios da FICASE, o aumento do desemprego para 15 por cento (%), sendo que na juventude essa taxa “já ultrapassou os 40%”.
E por tudo isto, diz esperar que em 2018 “as promessas e os compromissos” assumidos pelo Governo comecem a produzir-se em “acções concretas” e que propiciem a melhoria de vida dos cabo-verdianos.
“O primeiro-ministro e o seu Governo demonstraram estar em grande descompasso entre o prometido e a capacidade de respostas para os desafios e os reais problemas do país”, justifica.