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Política

António Correia e Silva admite que canudo deixou de ser garantia de emprego

O ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação, António Correia e Silva, admite que longe vai o tempo em que, no país, o diploma ou a formação universitária era garantia de emprego. “Hoje as coisas não são mais assim”, afirma.
Dizendo que se trata de um fenómeno global, no caso de Cabo Verde, Correia e Silva entende que vários são os factores que levaram ao cenário actual, entre os quais, a crise económica, o rácio elevado de universidades por população país, bem como a “concorrência” das universidades estrangeiras.
“Hoje temos dez instituições de ensino superior e, simultaneamente, uma taxa de crescimento demográfico que vai abrandando, aliado ao efeito da crise económica e a concorrência das universidades estrangeiras, mais velhas e mais experientes, levou a este cenário”, disse. “Tudo isso conjugado pode explicar a dificuldade de recrutamento que estão a ter as instituições de ensino superior cabo-verdiana”.
E para resolver este problema, aquele governante acredita que, de imediato, as universidades devem apostar na diversificação da oferta formativa, “pondo maior peso na pós-graduação e na formação ao longo da vida”, isto é, nos CESPs e na educação à distância.
É que, conforme faz entender, não faz sentido que em nove ilhas as dez instituições estejam concentradas em apenas duas, Santiago e São Vicente. “A própria sustentabilidade das universidades implica, por parte delas, mudanças profundas e o modelo de formação superior assente quase exclusivamente na procura de jovens na sua trajectória pós-secundária dá sinais de esgotamento”, conclui António Correia e Silva.
 
 
 
 

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