Desde o falecimento de João José Lopes da Silva (JJ), em Janeiro passado, a Associação dos Combatentes da Liberdade e da Pátria (ACOLP) está sem presidente. Segundo informações, as eleições já foram marcadas e desmarcadas três vezes. Todos aguardam pela presidente da mesa da Assembleia Geral, Zezinha Chantre.
Três datas já foram avançadas e tentadas para que a eleição do novo presidente da ACOLP acontecesse: 26 de Outubro, 5 de Novembro e 12 de Novembro. Mas, segundo José Luís “Sagui” Vaz, presidente interino da ACOLP, desde a morte de JJ, todas as datas foram desmarcadas, por falta de condições para a dita assembleia geral.
Neste entretempo foi criada, em Maio, uma Comissão Ad Hoc, para cinco meses, que, entre outras incumbências, deve “gerir interinamente” a ACOLP, até à eleição dos novos corpos gerentes, que deveria ter acontecido em Outubro passado.
A NAÇÃO contactou Carlos Reis, representante da referida comissão, formada por sete elementos, que confirmou que as eleições ainda não aconteceram porque está-se à espera da Mesa da Assembleia-Geral, presidida por Zezinha Chantre, e também porque é preciso “ater” à questão do novo estatuto dos combatentes antes de qualquer eleição.
DESACORDO
Outras fontes ligadas à ACOLP confidenciaram a este jornal que a questão do novo Estatuto dos Combatentes da Liberdade e da Pátria (ECLP), aprovado em Novembro de 2013 e que contempla os combatentes com uma pensão vitalícia de 75 mil escudos, entre outros benefícios, nada tem a ver com os sucessivos adiamentos.
“É preciso eleger uma direcção para que se possa resolver os restantes problemas existentes”, disse-nos uma fonte. Para esta, 10 meses depois da morte do antigo presidente, é tempo mais do que suficiente para que a Mesa da Assembleia-Geral encontre uma data para o novo escrutínio.
Apesar disso, a nossa fonte salienta que existe um prazo de 45 dias para apresentação de listas para concorrentes para a eleição da nova direcção. “A situação tem de ser resolvida o mais depressa possível, não podemos esperar mais”, sublinha. “É a nossa credibilidade que está em jogo”, acrescenta.
Lista
A NAÇÃO sabe, também, que já existe uma lista formada há já algum tempo, que aguarda a data das eleições dos novos órgãos da ACOLP. “A lista é encabeçada por Carlos Reis, tendo Manecas Pereira como vice-presidente, Manuel Tavares como tesoureiro, entre outros. Ou seja, só estamos à espera mesmo da data”, conclui.
Tentámos várias vezes contactar a presidente da Mesa da Assembleia-geral, Zezinha Chantre, para saber as razões do atraso na marcação da reunião e eleição, mas sem sucesso.
Eleições na ACOLP à espera da Mesa da Assembleia-Geral
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