O Instituto de Gestão da Qualidade e Propriedade Intelectual (IGQPI) trabalha para que doces, licores e outros produtos agro-industriais ultrapassem as barreiras técnicas e cheguem a pelo menos 10 por cento (%) do mercado étnico no exterior. Com isso, espera-se garantir a sustentabilidade das pequenas indústrias transformadoras do país.
Doces, licores e outros transformados no país já saem rumo aos Estados Unidos da América (EUA) e aos países europeus. Mas ainda enfrentam muitas barreiras técnicas para entrarem nesses mercados e muitas vezes só entram camuflados em malas dos emigrantes.
Faltam-lhes certificados que confirmem a sua origem, qualidade e que se cumpram as normas de higiene. E é nisso que entra o IGQ, cujo papel passa por estabelecer as normas para certificação dos produtos e depois zelar, num trabalho conjunto com outras instituições, para que as mesmas sejam cumpridas.
Abraão Lopes, presidente do IGQPI, garante que as normas para a certificação dos licores, doces, queijos frescos e curados, assim como do grogue estão definidas. As do vinho do Fogo encontram-se na fase final. Graças a isso, este tipo de produto já conquista espaço nos hotéis em Cabo Verde, onde também já entram produtos agrícolas frescos.
O próximo passo será colocar com mais regularidade os produtos nacionais certificados no mercado externo. Mira-se sobretudo os cabo-verdianos no estrangeiro, o chamado mercado étnico. Por uma simples razão: têm vontade de consumir produto da sua terra, podem comprá-lo, mas precisam de garantia.
O presidente do IGQPI assinala que se os produtos chegarem a, pelo menos, 10% dos cabo-verdianos no exterior garante-se a sustentabilidade dos negócios feitos a partir dos produtos transformados.
Conquista de 10% do mercado étnico no exterior garante agro-indústria
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