O filme “Tchindas” foi galardoado como o melhor documentário no Cape Verdean American Film 2015, realizada em Pawtucket, na Rhode Island, Estados Unidos.
A produção, que conta a história de transexuais em São Vicente e a envolvência no carnaval da ilha, continua a correr mundo e a participar em diversos prémios de cinema.
Este é o oitavo prémio internacional que “Tchindas” consegue arrecadar desde a sua estreia mundial. A produção esteve recentemente em Cabo Verde, e foi exibida pela primeira vez no Festival Internacional do Cinema – Plateau – na mostra competitiva, mas não conseguiu nenhum galardão.
O responsável pelo festival Cape Verde American Film adiantou que “Tchindas” trata-se de uma história “muito comovente” e passa “numa sociedade que ainda é conservadora”.
Já o co-produtor, Marc Serena contou um episódio onde diz que marca a discriminação que existe ainda em Cabo Verde em relação aos transexuais.
“No dia em que as protagonistas do filme foram a Praia de avião para a estreia do filme, tiveram problemas no aeroporto. A polícia pediu aos passageiros para se separarem em duas filas, homens e mulheres, e não permitiram que a Tchinda e a Edinha ficassem na sua fila. Estes géneros de discriminações ainda não podem ser denunciados. Há muita coisa para melhorar, não chega não reprimir”, avançou.
Por essa razão, Marc Serena espera que “Tchindas” consiga abrir um debate sobre este assunto. “Gostávamos muito que o filme abrisse uma conversa no país”.
Depois de vencer mais um prémio internacional, “Tchindas” tem já mais duas projecções: um no início de 2016 na Califórnia (EUA) e outro em Sydney (Astrália).
O filme é também finalista dos Prémios Gaudí e Goya, os mais importantes de Espanha. CG
“Tchindas”, galardoado como melhor documentário no “Cape Verdean American Film”
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