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Cultura

Plateau: “Zenaida” e “Do outro lado do Atlântico” vencem na categoria de longa-metragem

“Zenaida” e “Do outro lado do Atlântico” venceram, na noite deste sábado, na cidade da Praia, o concurso na categoria de longa-metragem de melhor ficção e melhor documentário na segunda edição do Festival Internacional de Cinema – Plateau.
O anúncio foi feito pelo presidente do júri deste festival de cinema, Guenny Pires, depois da exibição do último filme a concurso, “Zenaida” (Cabo Verde (Grécia) do realizador Alexis Tsafas e Yannis Fotou e que contou com a colaboração do jornalista cabo-verdiano Fonseca Soares.
Na categoria de melhor curta-metragem documentário sagrou-se vencedor “Fim de um Mundo?”, enquanto a curta-metragem de ficção foi para “Tempo de Orixás” (Brasil) de Elciane Nascimento.
A Menção Honrosa foi para a realização cabo-verdiana “Casa lata” enquanto a revelação foi para “Hoje” da jovem cabo-verdiana Artemisa Ferreira.
A sala para o último dia da mostra competitiva de Plateau, não encheu o Cine-teatro do Platô. Um facto notado tanto pela organização como pelos realizadores e todos os participantes de mais esta edição.
O Director Executivo do festival, Ivan Santos aproveitou o momento de encerramento para lançar o repto para que as pessoas passem a frequentar mais o cinema e também para “relançar a terceira edição e espero que seja tão boa como esta que termina e que prevaleça por anos”.
No fecho desta edição que contou com 18 filmes a concurso, entre ficção e documentário, o realizador cabo-verdiano, presidente do júri, e um dos elementos da produtora Txam Filme, Guenny Pires, realçou o facto de muitos filmes cabo-verdianos pecarem na qualidade técnica.
“Tinha muitos filmes com muitas qualidades. Os vencedores do prémio revelação e Menção Honrosa baseamos na questão da pertinência que os temas têm para a sociedade. ‘Hoje’ levanta uma nova discussão e ‘Casa lata’ trás o tema político e social”, afirma este presidente realçando que é “muito poderoso” e que denuncia aspectos que acontecem em muitas sociedades.
Para Guenny Pires, muitos dos filmes de Cabo Verde apresentaram problemas técnicos. “São coisas que devem ser reavaliados como a luz, o som, a forma de contar uma história. Houve filmes que tiveram muita publicidade mas eram tecnicamente fracos. Este é um festival internacional e as pessoas tem de aprender com isso”, avançou ainda Pires para quem o país está num bom caminho.
Os realizadores de um dos filmes vencedores “Do outro lado do Atlântico” ficaram muito satisfeitos com a premiação, ainda mais porque é a primeira vez que a longa-metragem é exibida e consegue vencer. “Não sabíamos o que esperar”, afirmou Márcio Camara.
Já Daniele Ellery, quem esteve por detrás de toda a pesquisa universitária sobre o tema que terminou em documentário a satisfação é ainda maior. Através desta realização, esta brasileira conseguiu juntar toda uma rede de amigos do “atlântico”.
Depois de Cabo Verde o “Do outro lado do Atlântico” deverá ser exibido em Havana ainda este ano. “Poderá existir a possibilidade de, em 2016, colocar este filme nos cinemas”, afirma Márcio Camara para quem o mais essencial é levar a realização ao máximo de pessoas possíveis. CG

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