Três dias antes dos atentados em Paris, ‘Maria’ fugiu de casa, na linha de Sintra. Durante um ano, a menor, de 16 anos, tinha mantido conversas na internet em árabe com outra muçulmana, residente em Londres, que prometeu ajudá-la a estudar na capital britânica.
A mãe, desesperada, conseguiu ir buscá-la a Calais, França – num caso que é já investigado pela PJ por eventuais ligações extremistas.
A 4 de novembro, ‘Maria’ pediu a um amigo para lhe comprar um bilhete de autocarro na Gare do Oriente, em Lisboa, com destino a Paris. A jovem, da zona do Cacém, queria ir estudar para Londres.
Filha de mãe cabo-verdiana e pai argelino, manteve conversas pelas redes sociais com outra rapariga, que prometera ajudá-la a matricular-se na escola inglesa. No dia 10, a menor apanhou o autocarro, e, quando a mãe falou com as amigas, já ninguém sabia do seu paradeiro. Desesperada, ao descobrir que a filha tinha fugido de autocarro, foi à PSP, que avisou as autoridades francesas.
A jovem não conseguiu passar a fronteira para Inglaterra. Ficou retida em Calais, França, e foi entregue ao Centro de Acolhimento Foyer Georges Brassent. “Não sei o que se passou na cabeça da miúda. A minha filha não vai sequer ao [centro comercial] Colombo sozinha”, diz ao Correio da Manhã a mãe, que acredita que a filha, já em Portugal, foi influenciada pela muçulmana de Londres.
A mãe, católica, sabe agora que falaram durante um ano. “Falavam coisas de religião em árabe”. Entretanto, a amiga que a aliciou desapareceu da net.
Fonte: Correio da Manhã
Menor filha de cabo-verdiana aliciada por árabe na net
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