A conferência de imprensa, que se seguiu a vitória da seleção de Cabo Verde por 2-0 sobre a sua congénere do Quénia, na noite desta terça-feira, foi marcada pelas palavras fortes proferidas pelo capitão da seleção nacional de futebol Marco Soares.
O médio declarou que a vitória simbolizava uma “revolta”, destacando, contudo, o mérito do conjunto ao longo dos 90 minutos e a necessidade de mais respeito para os mesmos, isto numa altura em que a ausência do técnico do combinado nacional, Rui Águas, já se fazia sentir.
O facto suscitou assim algum mistério por parte de quem estava presente na sala, motivado ainda mais pelo abandono da sala, por parte do capitão, após responder apenas a primeira pergunta negando prolongar-se nas palavras.
Entretanto, decorridos alguns minutos o adjunto de Águas veio justificar a ausência do “mister”, que, segundo ele, estava “muito emocionado” e portanto sem condições de se fazer presente na dita conferencia. Bruno do mesmo modo sublinhou a vitória na eliminatória e a consequente passagem para a fase de grupos de qualificação para o Mundial Rússia 2018.
Tendo em conta que “ninguém” queria falar do assunto que já estava sendo tabu entre os demais presentes, o presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), Victor Osório, por seu turno, tentou desmistificar o assunto, negando quaisquer atritos entre a FCF e o staff técnico da seleção. Para Osório a justificativa para a ausência do treinador tinha a ver com cansaço e carga emocional de que tinha sido sujeito.
“Não existe qualquer problema no seio da federação, nem com a direcção nem com os jogadores, o momento é importante para os cabo-verdianos”, afirmou Osório, que desconhecia as palavras de Marco Soares, bem como o motivo por detrás das mesmas.
Jason Fortes
“Isto é uma vitória de revolta” – Marco Soares
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