Lura chegou ao Auditório Nacional Jorge Barbosa para mostrar a continuação da descoberta das suas raízes e o público agradeceu de pé, por várias vezes, pelas novas músicas, pela energia em palco e pela sua voz poderosa que eclodiu dentro da sala cheia, na apresentação de “Herança”.
O concerto na cidade da Praia, no sábado (sexta-feira São Vicente) marcou o regresso de Lura aos palcos cabo-verdianos com novas composições, trazendo a sua alegria e, principalmente, homenageando a sua origem e as mulheres cabo-verdianas.
“É uma homenagem à mulher cabo-verdiana que é a força da nossa sociedade e tem também temas de apelo social”, afirmou a cantora no palco que trouxe também temas que falam de amor “com alegria” e, igualmente como a sua voz poderosa e contagiante, fez assim com a canção de amor que eclodiu no coração do público.
O espectáculo que começou “sereno” com músicas como “Séma Lopi”, “Ambiente mas seletu” e “Somada” subiu de temperatura quando Lura resolveu começar a dar “dôs pê di badju” com “Maria di lida” o single de lançamento do álbum.
Lura não deixou de recordar sucessos antigos e de homenagear a rainha da morna, Cesária Évora, com o tema “Moda bô”, mas também Mário Lúcio Sousa que contribuiu com cinco temas, sendo uma delas a que deu nome ao álbum “Herança”, Séma Lope, Zezé di Nha Reinalda.
“Herança”, segundo Lura explicou durante o concerto, foi o resultado de uma recolha que durou durante três anos e contou com a colaboração de muitos músicos cabo-verdianos.
O espectáculo que durou cerca de duas horas para fechar “em grande” Lura emocionou o público mais uma vez com o seu primeiro sucesso “Nha vida”, seguido de “Nariná” e por fim “Sábi di mas”.
Lura fez-se acompanhar pelo seu director musical “que em acompanha há cerca de 10 anos; Toy Vieira, no piano e cavaquinho, Ivan Medina, Valentino Figueiredo e o Guadalupe Tiery Fanfan.
A próxima apresentação de “Herança” está marcada para o Cine Teatro, na ilha do Sal, na quarta-feira, 18. CG
