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Política

São Vicente: PAICV estranha pagamento de obras com armazéns do Carnaval

Os eleitos do PAICV na Assembleia Municipal de São Vicente (AMSV) exigem que a Câmara explique por que pagou parte das obras realizadas no campo de Ribeira Craquinha com os armazéns que se destinava aos grupos carnavalescos da ilha. Alcides Graça, que falava em nome do grupo em conferência de imprensa hoje de manhã, disse que havia verbas para esta obra, pelo que estranha que a autarquia tenha feito outros “acertos de conta” com os empreiteiros, como o Jornal A Nação escreveu na última edição.
O representante do grupo do PAICV na AMSV afirma que visitaram obras municipais na última sexta-feira e confirmaram aquilo que o Jornal A Nação escreveu: a empresa Anildo Construções, que participou nas obras de recuperação do campo de futebol da Ribeira de Craquinha, já ocupa um dos armazéns e, ao que tudo indica, terá recebido mais terrenos em troca de este e outros serviços prestados ao Município. “Pedimos explicações porque havia verbas inscritas no orçamento para a referida obra e, se a Câmara está a usar os armazéns e terrenos para pagar as empresas, é muito grave”, disse Alcides Graça, lembrando que já se denunciou essa prática de pagamento de obras com terrenos e que pensava que não estava a acontecer mais.
Sobre a obra no campo, Graça entende que houve um “desperdício” de recursos e oportunidades, já que, a seu ver, poder-se-ia aproveitar as condições do espaço para criar uma alternativa ao Estádio Adérito Sena. “Se houvesse planeamento, poder-se-ia ter ali um estádio para acolher jogos oficiais, nomeadamente da segunda divisão de futebol. Mas há obras absurdas ali. Basta ver que os balneários estão fora do perímetro do campo, do primeiro degrau da bancada não se vê o outro lado do campo e o relvado não tem as dimensões recomendadas pela FIFA,” critica o eleito municipal do PAICV.
As críticas estendem-se ao campo de Madeiralzinho. Os eleitos do PAICV consideram mesmo “um acto criminoso” colocar ali uma relva retirada do Estádio Sena, com todos os problemas que isso acarreta para a integridade física dos jovens. “Já em 2007, quando se colocou a relva no Adérito Sena já apresentava problemas, a qualidade era muito baixa tanto que não foi certificada pela FIFA, e com o desgaste torna-se um acto criminoso levá-la para o Madeiralzinho”, especifica Alcides Graça, para quem mais valia a pena manter o piso de terra batido que expunha os atletas tanto a lesões.
O PAICV criticou ainda, na conferência de imprensa de hoje, o facto de ser o vereador do Desporto a participar numa formação na China para técnicos, quando, no entender de Alcides Graça, dever-se-ia enviar um quadro da Câmara que trabalha com as modalidades.
JA

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