Arnaldino Rodrigues, mais conhecido por Momone, quer exportar os produtos com o selo “Art e Pão” para os países da África Ocidental. A padaria “Art e Pão” situa-se em Coculi, Ribeira Grande de Santo Antão, e é um exemplo de empreendedorismo de sucesso a seguir na ilha.
Arnaldino “Momome” Rodrigues, natural do Figueiral da Ribeira Grande, iniciou a sua actividade em 2010, quando regressou da ilha do Sal para criar a padaria “Art e Pão”, situada em Coculi. Inicialmente, era vendedor ambulante de pão, trabalhando com 15 sacos de farinha por mês e um funcionário. Resolveu criar a sua própria indústria de panificação, e, em cinco anos, já é considerado um jovem empreendedor bem sucedido em Santo Antão.
“A minha padaria já trabalha com 250 sacos de farinha por mês, produz sete tipos de pão, quatro tipos de bolacha, entre outros produtos, emprega 18 funcionários fixos, incluindo um licenciado em gestão de empresas e dispõe de três viaturas de distribuição. Agora estamos a trabalhar num projecto que vai permitir, dentro de pouco tempo, que os produtos com marca Art e Pão cheguem a outros mercados de Cabo Verde”, anuncia.
Mais do que isso, Mamone acredita que a África Ocidental é um grande mercado que precisa ser explorado, no que pensa, seriamente, avançar para essa “frente” de combate empresarial. “É um mercado aberto e atractivo ao investimento. Se o projecto se concretizar, acredito que vai ser um sucesso”, afirma.
Momone já dispõe de um terreno de 500 metros quadrados, na cidade de Porto Novo, para alargar a padaria e aumentar a sua produção. “Vamos empregar mais de trinta pessoas e apostar em novas tecnologias de panificação para podermos garantir mais qualidades aos nossos produtos. O meu objectivo é criar mais emprego e expandir a marca Art e Pão”, assegura.
De realçar que, até este momento, Momone nunca recebeu ajuda financeira de nenhuma instituição e nem foi a nenhum banco pedir empréstimos. Segundo diz, aproveita os estímulos que as leis das Micro e Pequenas Empresas lhe proporcionam. “Mas é preciso muito sacrifício para gerir com eficiência, e equilibrar as forças e fraquezas do empreendimento, porque tenho uma despesa fixa mensal de cerca de 600 contos, incluindo aluguer da casa onde funciona a empresa, que é de 50 contos, or mês”, alega.
Para alcançar tal sucesso, Momone admite que, em primeiro lugar, estão “a motivação, o espírito de sacrifício e a vocação”, acompanhados da “responsabilidade, dedicação e planificação realista dos objectivos que pretende alcançar”.
“Também, a arte de conquistar clientes, baseada na qualidade, no poder de compra e nas suas necessidades, é importante porque são eles a base principal da Padaria Art e Pão”, revela o jovem empresário.
Arnaldino “Momome” Rodrigues aposta na formação, de forma continuada e permanente, de toda a equipa da Art e Pão, para, na base do seu lema “Preservar a qualidade e divulgar o Sabor”, continuar a “conquistar clientes na ilha, em Cabo Verde, e, futuramente, em África Ocidental”. “Enquanto estiver vivo, quero construir uma grande e forte empresa familiar, que depois poderá ser gerida pelos meus filhos”, conclui o nosso entrevistado.
Empreendedorismo em Santo Antão: Arnaldino Rodrigues quer exportar “Art e Pão” para África Ocidental
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