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Economia

Privatização da TACV, não ata nem desata

Há precisamente um ano, a ministra Sara Lopes anunciava que a TACV deveria ser privatizada até meados de 2015. Já estamos praticamente no final do ano e, pelo andar da carroça, este dossiê vai ser transferido para a próxima legislatura.
Em Novembro do ano passado, no final do Ciclo de Tertúlias ‘Cabo Verde em Debate’, intitulada “Investimento Público e Infraestruturação de Cabo Verde: Implicância e Aplicabilidade”, organizado pela comunidade estudantil cabo-verdiana em Lisboa, a ministra das Infra-estruturas, Transportes e Economia Marítima garantia que o Ministério das Finanças tinha criado uma unidade de privatizações, que já estava a trabalhar e a preparar os dossiês, para que a TACV fosse privatizada até meados de 2015.
Tratando-se de uma das poucas companhias africanas que voa para os EUA e para diversos destinos da Europa, cujo plano de privatização foi estabelecido em 2002, a governante admitia, na altura, que “não foi possível ainda conseguir a privatização da empresa, tendo em conta a sua situação económica e financeira”.
Durante o debate, Sara Lopes reconhecera, também, que “as contas da TACV não são boas”, pelo que, futuramente, a companhia teria “que ser gerida por profissionais altamente especializados”.
Só que, ultrapassado o prazo de “meados de 2015”, tudo parece continuar na estaca zero, mesmo estando a empresa a ser gerida por profissionais “altamente especializados”, como é o caso do indiano Arik De.
A verdade é que a TACV continua atolada em dívidas e numa espiral de “autodestruição”, pelo menos da imagem, o que faz dela algo muito pouco atractivo para qualquer investidor, mais interessado nos “resultados” do que nos “custos” que uma aquisição como a TACV poderia acarretar. A não ser que o Estado queira assumir a “avultadíssima” dívida de milhões e milhões da TACV.
 

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