Yara Santos lança, hoje, o livro “Relações Públicas (RP) em Cabo Verde – Contribuições”. Uma obra, como o nome indica, que procura reflectir e apontar caminhos para a realidade das RP no país, enquanto saber especializado e profissão.
Este é o quarto livro de Yara Santos, mas o primeiro sobre a sua área de formação e profissional, relações públicas. A autora quer com isso que as pessoas passem a olhar e a pensar, de “forma acertada”, sobre o sector das RP e, ao mesmo tempo, sirva de base para os estudantes, assim como outros mais interessados em conhecer a fundo um ramo de actividade que “traz muitas valências para a sociedade”.
O lançamento está marcado para está sexta-feira, 16, às 18 horas, no Auditório da Caixa Económica, e a apresentação estará a cargo de Ludgero Correia e Alfredo Pereira.
A obra surge depois de Yara Santos publicar “Força de mulher” (2002), “Cabo Verde – Tradição e Sabores” (2003) e “Ildo Lobo e a voz crioula” (2007), isto é, depois de 14 anos de pesquisas, conversas, observações, escritos, palestras, etc. Parte dos textos foi publicada, inclusive, aqui no A NAÇÃO.
Formada em Portugal, a autora regressou a Cabo Verde em 2003, depois de terminar o curso de RP. Começou a trabalhar como assessora de imprensa, depois foi técnica de difusão estatísticas no INE e hoje em dia trabalha como RP da Presidência da República e ainda ministra aulas na Escola de Negócios e Governação (UNI-CV) e actua como presidente da Associação de Relações Públicas em Cabo Verde (ARPCV), constituída em 2013.
Chamar atenção
Um dos primeiros motivos que levou Yara Santos a escrever o presente livro é a inexistência de obras de cabo-verdianos sobre RP, uma vez que a teoria, essa, vem de várias outras origens. “É necessário mostrar como as empresas agem em Cabo Verde, por exemplo, perante uma crise”, aponta Yara, para quem a “gestão da crise” é precisamente uma das funções de um RP. “Com este livro mostro que, com um plano de RP, uma empresa pode chegar onde quer”, adianta a autora.
Já antes de lançar este livro, tem um outro título em carteira, também sobre Relações Públicas. “No próximo livro irei mostrar o que é o ‘RP’, as suas acções, entre outras valências, para dar maior visibilidade à empresa. Pretendo explicar exactamente o que se fez, que política se pode utilizar, que passos podem ou devem ser dados, enfim, que estratégias podem ser colocadas em prática para melhorar os canais de comunicação e reforçar a imagem da instituição para a qual trabalhamos”, explica a autora, para quem esse próximo trabalho seria mais “um guia”.
Yara Santos continua a defender que é necessário olhar para o RP com “outros olhos”, como uma “mais-valia” e deixar de lado o “senso comum” de que o RP é aquele que organiza festas. “Relações públicas é muito mais que isso”, finaliza.
CG
