A maioria dos carros utilizados pelos jihadistas, e que aparecem nos seus vídeos de propaganda, são da Toyota. Esta situação já levou as autoridades americanas a questionar o fabricante nipónico.
O autoproclamado Estado Islâmico já controla metade do território sírio. Tem, em sua posse, poços de petróleo que lhes permitem ser a organização terrorista mais rica do mundo. Todos os dias entram milhões nas contas do grupo jihadista. E o seu poder não para de crescer. Assim, o armamento e meios de transporte parecem não faltar. Segundo muitos especialistas e Governos nacionais, o corte deste financiamento é fundamental para levar de vencido o EI.
O gabinete responsável pelo investigação ao financiamento terrorista do Departamento do Tesouro americano reparou em algo que lhe suscitou uma dúvida. É que na maioria dos vídeos de propaganda do Estado Islâmico, os seus militantes irrompem pelas cidades transportados por carrinhas, ou pick-ups, quase todos da marca nipónica Toyota. O fabricante automóvel começa assim a estar associada às demonstrações de poder do EI.
Por isso, e segundo notícia o canal americano ABC, o mesmo gabinete perguntou à Toyota porque é que tantos dos seus carros foram parar às mãos dos jihadistas. O fabricante japonês esclareceu rapidamente que não sabe como é possível os militantes do EI terem em sua posse tantos carros seus e “apoia” o inquérito conduzido pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
Em declarações ao mesmo canal, Ed Lewis, o diretor de comunicação da sede da Toyota em Washington, afirmou que a marca “informou o Tesouro sobre as redes de fornecimento da Toyota no Médio Oriente e sobre os procedimentos que a Toyota tem em vigor para proteger a integridade dessas redes de abastecimento.”
Para além disso, Lewis garante que o gigante automóvel nipónico tem “uma política rígida de não vender veículos a potenciais compradores que os possam utilizar para fins paramilitares ou para atividades terroristas”, referindo no entanto que é impossível a empresa localizar carros que tenham sido roubados ou que tenham sido recomprados por terceiros.
O mesmo canal cita ainda um porta-voz dos antigos donos da concessionária da Toyota na Síria que explica que a venda destes carros foi suspensa no país em 2012. No entanto, a ABC refere que os números da marca mostram que as vendas de Hilux e Land Cruisers, os modelos que aparecem nos vídeos propagandistas, aumentaram de 6.000 unidades em 2011 para 18.ooo em 2013. Em 2014 as vendas caíram para as 13.000 unidades.
EUA: Toyota, porque é que o Estado Islâmico tem tantos carros vossos?
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