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Sociedade civil denuncia tentativa de detenção do ex-PM da Guiné-Bissau

Um porta-voz das organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau denunciou hoje aos jornalistas uma alegada tentativa de detenção do ex-primeiro-ministro do país, Domingos Simões Pereira, sem revelar os autores do ato.
Ufé Vieira, membro da Aliança Nacional para Paz e Democracia, uma plataforma das organizações da sociedade civil criada para observar a crise política na Guiné-Bissau, disse que a informação foi confirmada por Domingos Simões Pereira.
Na qualidade de líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira reuniu-se hoje com os membros da Aliança, os quais informou da “ocorrência de situações que indiciam tentativas para a sua detenção”, indicou Vieira.
Ufé Vieira adiantou que aquele dirigente político disse estar a receber informações sobre a possibilidade de ser detido através de “terceiros e não de fontes oficiais”.
Ainda segundo Ufé Vieira, o líder do PAIGC terá falado hoje ao telefone com o diretor-geral dos Serviços de Segurança de Estado (serviços secretos) que, por seu lado, lhe terá garantido “não existir nada” no sentido da sua detenção.
Entre as preocupações das associações da sociedade civil estão informações de que há uma “tentativa de [fazer] prisões arbitrárias”, sobretudo do presidente do PAIGC.
Embora o assunto tenha estado no centro da audiência com o ex-PM, o porta-voz da sociedade civil não quis alongar-se em pormenores e limitou-se a afirmar que vão continuar a seguir o assunto.
Entre as preocupações estão informações de que há uma “tentativa de [fazer] prisões arbitrárias”, sobretudo do presidente do PAIGC, disse Ufé Vieira, sem detalhar suspeitas sobre quem terá tentado fazê-lo.
A tensão política agravou-se na Guiné-Bissau depois de o Presidente da República ter demitido o Governo a 12 de agosto, o qual merecia um apoio político generalizado no Parlamento.
No entanto, o cenário mudou durante a crise política que opõe o PAIGC liderado por Domingos Simões Pereira e o Presidente da República, José Mário Vaz, com diferentes vozes a emergir.
Por parte dos militares, o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Biaguê Nan Tan, garantiu logo em agosto que estariam afastados da situação, deixando para os políticos o papel de resolver a crise.
Fonte: Lusa

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