A acelerar os motores para as campanhas de 2016, o MpD faz este sábado, 3 de Outubro, a abertura do ano político no Porto Novo, onde o partido tenta ainda encontrar candidatos à altura tanto para as legislativas como para as autárquicas. A indefinição é tal que o MpD vai submeter 12 nomes a sondagens para saber quem pode ou não representar a legenda ventoinha no concelho.
Para muitos, mostra-se significativo que o MpD escolha Porto Novo para a “rentrée” do seu ano pré-eleitoral. Não só porque o partido já deu sinais de que pretende perscrutar nomes certos para assumir o leme das candidaturas no concelho, como muitos compromissos para com Santo Antão têm ali o seu eixo central.
Quanto aos candidatos, o MpD procura, além de um nome com notoriedade e aceitação suficientes para representar Porto Novo na lista para as legislativas no círculo eleitoral de Santo Antão, um concorrente à altura de reconquistar a Câmara Municipal agora comandada por Rosa Rocha (PAICV). Mais do que em qualquer outro concelho do país, muitos nomes pontificam-se ou foram lançados ao vento como possíveis candidatos, mas poucos reúnem consensos.
Assim, só a sondagem pode dirimir dúvidas e definir o peso político de cada um.
E, na lista dos sondados, constam nomes dos ex-autarcas Joel Barros, Amadeu Cruz ou mesmo César Almeida, os antigos vereadores Aníbal Fonseca e Roberto Graça, o eleito municipal Carlos Reis, os jovens Damião Medina (actual coordenador local do partido), Valter Silva (ex-coordenador), entre outros.
Em relação aos compromissos, Ulisses Correia e Silva, que vai presidir à cerimónia de abertura do ano político no Porto Novo, trabalha a partir de três eixos: modernizar o sector agrícola, tendo o grogue um produto motor da economia local; promover um sistema de ensino de qualidade; tirar a ilha do “isolamento”.
Para esse último ponto, o MpD propõe dois caminhos: construção de um aeroporto de médio porte em Santo Antão; concluir a expansão o porto, para permitir a movimentação de barcos de longo curso e a saída de produtos agrícolas da ilha. Ou seja, Porto Novo está referenciado como porta de entrada e saída de Santo Antão tanto pela via marítima como numa possível via aérea. E isso reforça a justificação para se organizar um acto político que os partidos dão grande importância, sobretudo em períodos de pré-campanha.
Mas o presidente do MpD e a sua comitiva vão aproveitar a ida a Santo Antão para calcorrear os três concelhos, contactar pessoas, perceber in loco o que o eleitorado espera de si e do partido no próximo ciclo eleitoral e governativo que começa em 2016.
Um assunto que não deve faltar nas conversas com os santantonenses é a abertura ou não de institutos ou escolas de ensino superior naquela. O tema, que sempre causa aceso debate no início de cada ano lectivo quando muitos jovens daquela ilha rumam a outras paragens para prosseguir os seus estudos, divide opiniões. Há o argumento de que o ensino superior voltado para a agricultura, agro-indústria e outras áreas afins poderia propiciar o desenvolvimento da ilha. Mas há quem se mostre contra a dispersão de estruturas universitárias a todos os contos do país porque a qualidade sairia a perder.
Um outro tema que também ajuda a alimentar os sonhos e as expectativas é Santo Antão, mais concretamente Porto Novo, ter um aeroporto. As cartas aqui também estão lançadas, com os seus prós e contras.
Porto Novo: MpD escolhe concelho das indefinições para “rentrée” política
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