O PAICV pediu esclarecimentos à Câmara Municipal do Tarrafal sobre as obras de requalificação urbana e do pavilhão desportivo “para que haja transparência” na gestão e aplicação dos fundos.
Em conferência de imprensa, esta quinta-feira, em Chão Bom, o primeiro secretário do sector do PAICV de Santiago, Pedro Amante, disse que congratulam-se com a execução dessas duas obras, mas querem ver esclarecidas “algumas inquietações”.
Tendo em conta que para a construção da avenida que vai do centro da cidade à rotunda do ex-campo de concentração e do pavilhão desportivo a câmara recorreu a um empréstimo bancário da Agência Francesa de Desenvolvimento, no valor de 135 mil contos, Pedro Amante mostra-se “preocupado” com o atraso registado nessas obras.
Por considerar ser um “investimento de risco”, Pedro Amante questionou a edilidade sobre o prazo para a conclusão dessas obras, a não instalação de um sistema de drenagem de água das chuvas de forma a evitar situações de encharcamento ao longo da avenida, e o porque da edilidade manter o calcetamento em vez de asfaltar essa estrada como estava inicialmente previsto.
Outro aspecto ressaltado pelo PAICV foi a transparência na aplicação dos recursos financeiros na construção dessas obras, que, de acordo com o primeiro secretário do partido, custam cerca de 150 mil contos, incluído a comparticipação da câmara municipal que é de 10 por cento (%) para cada obra.
Conforme explicou, o projecto da avenida tem um custo de aproximadamente 69 mil contos, sendo 62 mil contos, correspondentes a 90% do valor do projecto financiado pelo banco e seis mil e tal contos, correspondente a 10% da comparticipação da câmara municipal.
Com este dinheiro assegurou, a autarquia assinou três contractos de empreitada com as empresas Spencer Construções & Imobiliária, no valor de 39 mil contos, para executar os trabalhos de reabilitação da avenida, com a MTCV, no valor de quatro mil contos, para realizar os trabalhos de iluminação púbica da avenida e com a empresa Asmande CV Jardinaria, em dois mil e tal contos, para fornecimento e instalações de equipamentos.
“Ao todo, esses contratos totalizam um montante de 45 mil contos e, por isso, perguntamos a que se destinam os restantes 24 mil contos, uma vez que, há rumores de que a camara não vai recalcetar a avenida e nem vai colocar o asfalto”, questionou.
Em relação ao pavilhão desportivo, o primeiro secretário do PAICV disse que o banco aprovou o crédito no valor de 74 mil contos, correspondente a 90% do valor do investimento.
“Quer isto dizer que somando os sete mil contos, valor correspondente à comparticipação da câmara municipal, o custo da referida obra rondará os 80 mil contos, caso para perguntar porquê que os contrato assinados com a empresa Vilazeiros Construções foram de 92 mil contos, cerca de 12 mil contos a mais do que o projecto aprovado pelo banco”, disse.
Pedro Amante disse ainda que por duas vezes solicitaram a câmara municipal que os fornecesse os dossiês relacionados com essas obras, como os mapas dos preços e das medições e o orçamento, mas não foram facultados.
Fonte: Inforpress
Santiago: PAICV – Tarrafal pede transparência na gestão e aplicação dos fundos para obras
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