A comunidade muçulmana de Cabo Verde celebra esta sexta-feira, 25 de Setembro, a festa do “Tabaski” ou sacrifício do carneiro. A cerimónia tem duração de três dias e, este ano, baseia-se no lema “Unidade de Família”.
Tabaski é o dia em que os fiéis muçulmanos renovam a sua ligação a Alá, o Deus todo-poderoso, celebram a família e exercitam a solidariedade com o semelhante, seja ele muçulmano ou não. “É também um dia de tolerância, de união e comunhão entre todos os seres humanos. Todos são convidados a servir na mesa de Alá, sem excepção” diz Ahmadou Neka Thiam, representante dos muçulmanos em Cabo Verde.
Esta festa é para adorar a Deus, o Alá, em que cada chefe de família deve sacrificar um carneiro e dividi-lo com amigos, vizinhos e pessoas carenciadas. “O acto de matar o carneiro e depois comê-lo, como fez Abraão quando sacrificou um carneiro para adorar a Deus, significa limpar os nossos pecados através desta atitude de humildade perante Deus mas também de misericórdia para connosco. Desta forma, Deus livrar-nos-á dos nossos pecados”, explica Neka Thian.
Este ano, o Tabaski baseia-se no lema “Unidade de Família”. Neka Thian classifica a família como sendo o princípio e o fim de tudo. “Quando a família está desestruturada temos “thug´s”, filhos sem pai, jovens que têm filhos sem um planeamento familiar. Por falta de orientação dos jovens, nascem crianças fora de um lar, o que acaba por originar ovelhas desgarradas do rebanho, pessoas sem família, e por isso permeáveis a todo o tipo de más influências. É na família estruturada que os filhos têm bons exemplos e boa educação”, aponta.
A comunidade muçulmana, cada vez maior em Cabo Verde, atinge já cerca de 4 mil muçulmanos, a maioria concentrada na ilha de Santiago. A festa do Tabaski, na cidade da Praia, acontece no polivalente de Tira Chapéu, onde são esperados mais de 500 muçulmanos.
Muçulmanos em Cabo Verde celebram festa do Tabaski
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