Uma semana depois de o jornal A NAÇÃO ter trazido à baila a distribuição de 188 mil contos para ONG’s e associações, através do Fundo do Ambiente, o assunto já mereceu vários pronunciamentos.
O primeiro a posicionar-se foi o maior partido da oposição, MpD, que através do seu vice-presidente, Olavo Correia, exigiu na passada sexta feira explicações do Governo sobre a gestão do Fundo do Ambiente. Esse dirigente mostrou-se particularmente interessado na atribuição de 20 mil contos a uma associação do bairro do Brasil, na Cidade da Praia, presidida pelo deputado do PAICV, Euclides de Pina.
Nesta quarta-feira, a UCID, através de Lucas Monteiro, em São Vicente, também pediu esclarecimentos ao Governo de “A a Z”, sobre a utilização das verbas do Fundo do Ambiente, face ao artigo do A NAÇÃO.
Por seu lado, a Associação Amigos do Brasil, na voz de Euclides de Pina admitiu ter recebido verba do Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território (MAHOT) para construção de casas de banho, mas sublinhou que esta ajuda não provinha do Fundo do Ambiente.
Em conferência de imprensa, ontem, Papachinho, como é mais conhecido, considerou “falsas, absurdas e ridículas” as referências feitas por Olavo Correia e pelo presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde (ANMCV), Manuel de Pina, segundo as quais a Associação dos Amigos do Brasil recebeu “mais de 20 mil contos” de financiamento da Taxa Ecológica, através do Fundo do Ambiente.
Segundo aquele líder associativo, o MAHOT tem vários programas e a sua associação tem concorrido e apresentado projectos, salientando que nem todos os recursos são do Fundo do Ambiente, exemplificando com a reparação de casas, financiada pela Cooperação Luxemburguesa.
De referir que o artigo do A NAÇÃO foi baseado em dados fornecidos por uma fonte próxima do MAHOT. Estes apontam para uma distribuição de cerca de 188 mil contos nos anos de 2013 e 2014, na maior parte em Santiago.
Questionado também da razão de a Associação Amigos do Brasil ter recebido cerca de 20 mil contos, o MAHOT respondeu que por ser a associação que apresentou o maior número de projectos.
Fundo do Ambiente: distribuição de recursos a ONG’s e associações continua na berlinda
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