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Cultura

Olavo Bilac agita as areias da Baía das Gatas

O vocalista dos Santos & Pecadores fez o público tirar o pé do chão, no primeiro dia do Festival Baía das Gatas.
Mas a história desta sexta-feira do Festival Baía das Gatas 2015 começa a ser contada com a abertura feita, por volta das 21 horas- uma hora mais tarde do que o previsto-, pela Orquestra Nacional de Cabo Verde (ONCV). Esse conjunto que actuava pela segunda vez em São Vicente e agora era o responsável por fazer a chamada dos festivaleiros para perto do palco. Algo conseguido com sucesso já que as pessoas aplaudiram e dançaram ao som das composições interpretadas pelos instrumentistas e depois coroado pela voz forte da directora da ONCV, Lúcia Cardoso.
Logo de seguida o palco era cedido às 23 vozes que constituiam a 1ª parte do Lisbon Street Band, artistas que actuaram durante os sábados na Rua d´Lisboa, em concertos produzidos pela Câmara Municipal de São Vicente. Um desfile de artistas que iniciou por volta das 23 horas com o “menino prodígio”, Luís de Matos, que não perdeu o jeito mesmo hoje já homem feito e de estar há alguns longe de Cabo Verde. Marcou a sua presença com “Triste e sabe” de Danny Santoz e “Mi e dod na bo” de Vlú.
Depois disso chegavam Nilza Xalino, Nilton Gomes, Djuna Lopes, Djulay e em quinto outro dos marcantes, Morgadinho, que entre as músicas interpretadas preferiu começar com “Um criol na França”. Também classficando a si mesmo de veterano fez arrancar gargalhadas ao público quando afirmou que vai ficar por cá ainda uns bons anos. “Já mandei mensagem, foi Bana quem a levou, à Cize, ao Ildo Lobo, ao Ti Lís que não tenham pressa, porque não tenho ideias de ir tão cedo”, brincava.
Em 11º lugar actuava, por volta da 1h30 da manhã, o Mirri Lobo, acordando o povo e fazendo-o cantar em coro “Incmenda d´Terra”. Tantos outros nomes procederam, como Jorge Humberto, Jeniffer Soledad, Carmen Silva, Kyra Tavares e mais, e por último o Tó Alves a por o ponto final nesse desfilar de artistas em grande estilo, inclusive com a companhia do saxofonista canadense, Jowee Omicil, e pedindo chuva. No entanto, é de se notar que devido ao grande número de artistas, a actuação do “Lisbon Street Band” perdurou por quase cinco horas e meia de palco, esse pormenor que provocou algum cansaço nas pessoas e se calhar até na banda que teve de acompanhar todo esse leque.
Contudo, nada que a energia contagiante de Olavo Bilac não resgatasse com os sucessos do seu grupo “Santos & Pecadores” e ainda com alguns do seu álbum a solo “Músicas do meu Mundo”. Tanto “atrevimento” deste que se revelou um grande animador de público, a ponto de arriscar cantar em crioulo a morna “Fruto proibido”. E não é que o fez da melhor maneira. Tanto assim é que optou por terminar no proibido, desta feita com a música “Jardins proibidos” que também fizera muito sucesso aqui em Cabo Verde.
Para fechar e já com o sol a aparecer no horizonte, subia ao palco o Kino Cabral pela primeira vez a solo e oito anos depois de ter actuado pela última vez com os Livity. Este showman do funaná mostrou-se um pouco aborrecido por estar a actuar várias horas após o que estava planeado, contudo os sucessos do seu antigo grupo e outros da sua autoria conseguiu fazer mexer os festivaleiros, até perto das sete da manhã.
A festa continua no Baía das Gatas 2015, neste sábado, com as actuações previstas para iniciar a partir das 21 horas de Nelson Freitas e banda, Puto Português, Jorge Aragão e Morgan Heritage.
LN
 

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