O presidente da CCSL avalia negativamente as políticas implementadas pelo Ministério do Emprego, Juventude e Desenvolvimento dos Recursos Humanos (MEJDRH) para resolver o problema do desemprego jovem no país. José Manuel Vaz disse ao A NAÇÃO que esta avaliação deve-se ao facto de haver no país situações “gravíssimas” que não podiam estar a acontecer, como é o caso das irregularidades existentes no IEFP, nomeadamente “os atrasos e/ou a falta de pagamentos dos estagiários profissionais”.
Aquele sindicalista acredita que a “falha” concentra-se no facto de o Governo não criar condições de empregabilidade aos jovens quando terminam os estudos. Garante que a instituição que preside vai procurar saber qual tem sido o verdadeiro destino do fundo do emprego e, caso verificar que o mesmo tem sido usado incorrectamente, ameaça de se retirarem da comissão. “Não podemos estar num órgão consultivo do Estado em que há verbas que não estão sendo aplicadas como deveriam”, disse. “Se não tomarmos medidas, poderemos ter, a bem pouco tempo, o IEFP a cair no descrédito total”.
Já Júlio Ascensão Silva, secretário-geral da UNTC-CS, defende que é preciso criar mais postos de trabalho e aproveitar a mão-de-obra, mormente, a jovem e formada. De uma forma geral, avalia positivamente as políticas do ministério do Emprego, pois, a seu ver, é preciso destacar a importância da criação das formações profissionais que “não resolvem o problema do desemprego, mas ajudam a diminuir”. No seu entender, é preciso “abrir espaço aos jovens”.
“Não é admissível que tenhamos uma taxa elevadíssima de jovens no desemprego, e haja em Cabo Verde gente com vários salários, ou pessoas já reformadas mas que continuam a ocupar postos na administração pública”, diz Ascensão Silva. Este acredita que para que esse flagelo se resolva é preciso que haja um “djuntamon” entre o governo, o sector privado, os parceiros, as ONG’s e todos os actores sociais.
Estágios profissionais: CCSL diz que governo “falha” e UNTC-CS quer mais espaços para jovens
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