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Fogo

Legislativas’2016: Júlio Correia “descartado” no Fogo e Joanilda fora de lugar elegível

Júlio Correia não consta da lista de candidatos do PAICV no círculo eleitoral do Fogo para as Legislativas de 2016 e Joanilda Alves aparece num lugar não elegível. A Comissão Política Regional (CPR) do Fogo escolheu, no passado fim-de-semana, os nomes que integram a lista para as próximas eleições, onde aparece Eva Ortet como cabeça-de-lista, secundada por Nuías Silva.
Sem surpresas, Eva Ortet, na qualidade de vice-presidente do PAICV, assume o primeiro lugar na lista do Fogo para as próximas eleições legislativas. O segundo lugar, esse, que era apontado para Júlio Correia ou Joanilda Alves, foi para Nuías Silva. Este sempre foi um dos “homens fortes” da actual líder do partido, Janira Hopffer Almada, ao passo que Correia era um apoiante de Felisberto Vieira, Filú. Joanilda, também apoiante de JHA, vê-se também na corda bamba.
Numa reunião “quente” da CPR do Fogo, primeiro foram definidos os critérios para se aquilatar as contribuições de cada um dos sectores (São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina) para as listas. Uns defenderam uma lista que espelhasse o número de eleitores de cada um dos concelhos, enquanto outros pediram que fosse levado em conta o princípio de solidariedade colocando um candidato de cada um dos sectores nos três primeiros lugares da lista.
A primeira proposta acabou por vingar, e São Filipe, que tem 62 por cento (%) dos eleitores do Fogo, acabou por ficar com o primeiro, segundo e quinto lugares na lista. Mosteiros (com 24% de eleitores) ficou com o terceiro e sexto lugares e Santa Catarina (com 14% de eleitores) ficou com o quarto e sétimo lugares na lista.
Depois de definidos os critérios passou-se para a escolha dos nomes, que respeitam a seguinte ordem: Eva Ortet e Nuías Silva (São Filipe); José Cruz e Silva (Mosteiros); Carla Miriam Fernandes Teixeira (Santa Catarina); Joanilda Alves (São Filipe); Alexandre da Silveira (Mosteiros) e Ledo Pontes (Santa Catarina).
Debate tenso
A NAÇÃO sabe ainda que houve aceso debate em torno dos nomes de Nuías Silva e Joanilda Alves para o segundo da lista, mas acabou por vingar o princípio de igualdade de género e equilíbrio territorial, que acabou por beneficiar Nuías.
Este jornal também sabe que, como segunda escolha dos Mosteiros, Júlio Correia foi indicado para o sexto lugar da lista, mas o seu nome acabou por ser retirado. Isto porque alguns membros da CPR do Fogo consideram que era um lugar “pouco prestigiante para alguém que já desempenhou altas funções no partido e no Estado – Correia é neste momento primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional.
Como a guerra em torno de lugares elegíveis no Fogo girou à volta de Júlio Correia, Nuías Silva e Joanilda Alves, A NAÇÃO quis ouvir a opinião desses dirigentes. Todos disseram que irão pronunciar-se sobre o assunto só depois de uma decisão final da Comissão Política Nacional.
Contudo, Nuías Silva fez questão de agradecer a confiança que a CPR depositou nele, afirmando que espera agora a confirmação da CPN.
Júlio Correia esquivou-se a emitir um pronunciamento sobre esse processo, garantindo, porém, que vai falar quando a CPN fechar o dossier.
Já Joanilda Alves, esta começou por questionar a competência da CPR do Fogo em relação ao alinhamento da lista, dizendo que acredita numa tomada de posição diferente por parte da CPN.

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