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Sociedade

Comunidade Muçulmana em Cabo Verde celebra o fim do Ramadão

A Comunidade Muçulmana em Cabo Verde (CMCV) celebra este sábado, 18 de Julho, o fim do Ramadão, uma das mais importantes celebrações islâmicas. Este ano, o foco baseou-se na questão de igualdade de género.
A comunidade muçulmana, cada vez em maior número em Cabo Verde, atingindo já cerca de 4 mil muçulmanos,  celebra o fim da Ramadão, um período de 30 dias em que o jejum é tido como testemunho de fé pela religião islâmica. Este ano a CMCV celebra o Ramadão com foco na igualdade de género, mesmos direitos entre homens e mulheres.
“Antes de a sociedade preocupar com a igualdade de género, o Islão já pensava nisso, porque a mulher tem um grande lugar dentro do islão. Antigamente a mulher não era respeitada, não tinha direito, mas isto está a mudar. Agora a mulher já caminha com os seus próprios pés, tem os mesmos direitos do homem, na fé, no trabalho, na dignidade, na paz, na tranquilidade. Este ano demos atenção a isso”, explica Ima Amadou Neka Thian,  representante da CMCV.
Neka Thian explica que o Ramadão é o cumprimento de um dever, temor ao Alá, tolerância, paz para a comunidade. “Durante 30 dias, das 5 horas da manhã até às 19 horas, os muçulmanos fazem uma abstinência total, isto é, durante este período não comem, não bebem, não fumam e não têm relações sexuais”.
Em termos de dificuldades, Neka Thian aponta a falta de terreno e financiamento para a construção de mesquitas. “Tem muitos lugares que dizem ser apropriado para a construção das mesquitas, mas, oficialmente, não temos nenhum terreno. Não temos financiamento. A comunidade em Cabo Verde, sozinha não consegue financiar, temos que reunir todas as comunidades muçulmanas de África para financiar o projecto de construção de mesquitas”, afirma.
Os objectivos da comunidade muçulmana, de acordo com o representante, é lutar contra a maldade, violência que tem afectado o mundo todo. “Precisamos de paz e, por isso, temos que lutar com esse males, contra o consumo de álcool e tudo que afecta a fé e a tranquilidade do mundo. A Comunidade Muçulmana de Cabo Verde, na qual sou representante há 25 anos, não tem nada a ver com as associações criminais no mundo, nem terrorismo, al-quaeda e nem boco-ahram, porque isso não existe no Islão. Não temos trato com eles”, alerta.
Ramadão é o mês durante o qual os muçulmanos praticam o seu jejum ritual, o quarto dos cinco pilares do Islão, em que se pedeao crente maior proximidade dos valores sagrados, leitura mais assídua do Alcorão, frequência à mesquita, correção pessoal e autodomínio.

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