A UCID quer ser o partido maioritário no círculo eleitoral de São Vicente, em 2016, ao mesmo tempo que espreita um dos três deputados eleitos pelo Sal. Objectivo mínimo: eleger cinco deputados para formar uma bancada parlamentar e a formação democrata-cristã avisa que ambiciona o seu lugar ao Sol também em Santiago.
António Monteiro, presidente da UCID, garante que o partido trabalha “com mais inteligência e cuidado” para romper com o bipartidarismo em Cabo Verde, já em 2016. Para isso, o rumo está traçado: conquistar Santiago, convencer cerca de metade do eleitorado de São Vicente, crescer no Sal e concorrer em todos os círculos eleitorais dentro e fora do país.
“Estamos a agir com inteligência. Não podemos descuidar de Santiago, porquanto essa ilha elege metade dos 66 deputados escolhidos no país. Se queremos mostrar que somos uma mais-valia para Cabo Verde, temos que crescer nos dois maiores círculos”, observa o dirigente democrata-cristão.
Em São Vicente, assegura Monteiro, só a falta de dinheiro para organizar uma campanha na mesma dimensão dos adversários pode atrapalhar a UCID. Quanto ao resto, os sinais são positivos: “bons” retornos dos sanvicentinos à mensagem da UCID e as sondagens realizadas pelos concorrentes colocam António Monteiro em situação relativamente confortável.
FORMIGUINHA
Entretanto, ciente de que o “poderio” económico para se bater com os concorrentes (MpD e PAICV), a UCID aposta no trabalho diário, de “formiguinha”, para ser maioria no terceiro maior círculo do país, depois de Santiago Sul e Santiago Norte.
A UCID já fez também as suas observações no Sal e acredita que é possível repartir os três deputados eleitos por aquele círculo eleitoral. “Tendo em conta o trabalho que fizemos naquela ilha e o nível de maturidade que o eleitorado já atingiu, pensamos que é possível tirar um deputado ao MpD”, explicita Monteiro, sem deixar de pontuar o desejo de batalhar em outras ilhas com a mesma “acutilância” para levar a mensagem de que o crescimento da UCID é possível.
CARVALHO NA PRAIA E MONTEIRO EM SÃO VICENTE
Traçada a meta para as legislativas, a UCID apalpa o terreno para as autárquicas de 2016 e assegura que vai concorrer em todos os municípios, com excepção da Boa Vista. Para já, António Monteiro admite (re)candidatar-se em São Vicente, mesmo que em 2012 tenha dito que seria a última tentativa depois de dois fracassos. “A possibilidade não é posta de lado. Tem havido muita pressão; é preciso pensar com cuidado. Vamos ver”, expressa sobre a hipótese de voltar a dar a cara por São Vicente.
Para o município da Praia, a UCID tenta convencer o vice-presidente do partido, Júlio de Carvalho, emigrante nos EUA, mas que, neste momento, está na capital do país a apalpar o terreno. Se entender que há uma chance da UCID, ao menos, mostrar-se uma mais-valia na discussão das políticas autárquicas poderá avançar com uma candidatura.
Fora essas duas figuras, a UCID já trabalha candidaturas para Santa Catarina (Santiago), onde deve apostar no jovem docente universitário Adilson Monteiro, bem como no Paul, Maio e Brava. Nesses casos, três jovens professores estão identificados, sendo um deles Nilton Silva (Paul). Para os restantes municípios, a formação de António Monteiro vai identificando os nomes certos, aos poucos.
UCID quer maioria em São Vicente e um deputado no Sal
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