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Fogo

Chã das Caldeiras: Infecção respiratória pulmonar grave causou a morte das três crianças de única mãe – médico

O administrador do hospital regional Fogo e Brava, Luís Sanches, disse que a causa da morte das três crianças da mesma mãe com idade entre um ano e nove meses e quatro meses foi infecção respiratória pulmonar grave.
Após a conclusão do relatório para determinar a causa da morte das três crianças, duas das quais gémeas, que aconteceu com um intervalo de nove dias, Luís Sanches afirmou que a infecção respiratória pulmonar grave generalizou-se no seu corpo, que não conseguiu responder de forma adequada, acabando por provocar a morte das mesmas.
Na sua opinião, uma das crianças padecia também de outra doença, além de existirem um conjunto de múltiplos factores ambientais e sociofamiliares que contribuíram para a morte da primeira criança, dois dias depois de ter entrado, em situação grave, no serviço de urgência.
Segundo Luís Sanches, a mãe, por medo, não trouxe as duas outras crianças com problemas de infecção respiratória pulmonar, aparentemente sem complicações, mas que acabou por agravar e levar à sua morte fulminante.
“É difícil, com três perdas humanas, apurar a responsabilidade e esta doença pode atingir qualquer pessoa, dependendo da imunidade de cada uma e das condições sociofamiliares”, explicou o médico.
Neste caso, admitiu que “as crianças tinham poucas condições, embora não se possa afirmar que seja esta situação a causa da morte, porque já tinham problemas de saúde”.
Para o administrador do hospital regional Fogo e Brava, há um conjunto de factores que afectam não só as pessoas deslocadas de Chã das Caldeiras, mas também as camadas mais pobres, que se deparam com falta de água, de habitabilidade e de informação, de entre outros.
“Da parte técnica do hospital, não houve nenhuma falta de cuidado nem de atendimento ou mau atendimento e as crianças faleceram devido à grave situação em que chegaram ao hospital”, garantiu Luís Sanches.
Desdramatizou a situação, indicando que não se trata de uma doença contagiosa e que nenhuma das crianças que estava internada juntamente com essas crianças falecidas tiveram quaisquer problemas.
Informou, por outro lado, que, na comunidade onde residiam, já se fez um diagnóstico e não há registos de quaisquer situações semelhantes.
Questionado se a situação em que vivia esta família e em que vivem outras famílias de Chã das Caldeiras não constitui um perigo para a saúde publica, Luís Sanches dá o seu consentimento, mas realçou que os determinantes sociais da saúde não conseguem dar respostas a todos os
problemas, razão pela qual a estrutura de saúde aposta na sensibilização da população para ter cuidado e melhores condições de saúde.
Fonte: Inforpress

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