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Política

Legislativas 2016: Quadros jovens do MpD querem lugares de destaque nas listas

No MpD já se nota o frenesim em relação às listas de Santiago Sul e Norte para as próximas eleições legislativas. Quadros jovens desse partido consideram que já é hora do “render da guarda”, enquanto se gizam estratégias para a manutenção de alguns históricos do partido nas listas. A manter-se nas listas, Carlos Veiga é apontado como candidato do MpD a presidente do Parlamento.
Com o período de férias à vista, destacados militantes e dirigentes do maior partido da oposição tentam definir, desde já, posições para que, logo à entrada, do novo ano político, em Outubro, as coisas possam estar “clarificadas” em relação às listas para as legislativas de 2016.
Santiago Sul e Norte são os círculos eleitorais que elegem maior número de deputados. Mas, mesmo assim, a oferta não chega para tanta demanda. Desde logo, porque todos querem estar em lugares elegíveis, de modo a não depender em de outros factores que não controlem.
Veiga presidente da AN
Por exemplo, a manutenção ou não do ex-líder do MpD, Carlos Veiga, na lista de Santiago Sul, ou a sua “transferência” para Santiago Norte, está a dar que falar. Os mais jovens consideram que o ex-primeiro-ministro deveria deixar o lugar para os mais novos, mas, por outro lado, há quem defenda a sua manutenção como candidato a deputado, num lugar de destaque, para que, num quadro de vitória dos “ventoinhas”, ele possa assumir o cargo de presidente da Assembleia Nacional.
Esta estratégia é considerada “legítima” por alguns militantes, que advogam que essa é a melhor forma de o partido “pagar a dívida” com Carlos Veiga, que “falhou”, por duas vezes, na corrida à Presidência da República, sendo certa a recanidatura de Jorge Carlos Fonseca para o seu segundo mandato.
Graúdos e putos
Mas ao que A NAÇÃO pôde apurar, há, neste momento, uma disputa no seio dos jovens “ventoinhas” e outra em torno dos mais “graúdos”. Dos jovens, sabe-se que Luís Leite, Carlos Monteiro e Luís Silva tentam, a todo o custo, garantir um lugar elegível em Santiago Sul, enquanto o presidente da JpD, Herménio Fernandes, integraria a lista de Santiago Norte, num lugar também de destaque.
Para que esses cálculos possam ser uma realidade, esse grupo de jovens conta com as saídas de Eunice Silva e Adalberto Higino Silva (Betú) da lista de deputados para Santiago Sul. A primeira, como independente, não terá correspondido à expectativas durante a legislativa em curso e, o segundo, “se quiser ficar no Parlamento terá que concorrer pelo círculo eleitoral do Maio, de onde é oriundo”, alega uma fonte.
Por outro lado, em Santiago Norte, Filipe Furtado, que segundo a nossa fonte já está reformado, cederia o lugar a Herménio Fernandes, por ser também natural do concelho de São Miguel.
Abraão para Santiago Norte
Ainda da actual lista de Santiago Sul, os jovens que procuram um lugar ao sol defendem a transferência de Abraão Vicente para Santiago Norte. A justificação é que esse deputado deixou de ser independente, passando a ser um militante como outro qualquer, logo, em coerência, deve ser colocado na lista da sua zona natal: Santa Catarina.
Outra “transferência” seria a de Miguel Monteiro para o círculo eleitoral do Fogo, no lugar de Eurico Monteiro, que, por sua vez, deixaria o Parlamento. A justificação é que Miguel, que tinha sido colocado na lista de Santiago Sul por, na altura, ser o líder da JpD, mas já não detém esse estatuto, pelo que terá que concorrer no círculo de onde é oriundo. Aliás, sublinha a nossa fonte, “o Miguel é, neste momento, eleito municipal nos Mosteiros”.
A deputada Isa Costa, natural de São Domingos, é das poucas que está de pedra e cal no Parlamento. Segundo a nossa fonte, essa parlamentar “está consolidada” na próxima lista, tendo em conta a sua “popularidade” e a sua “combatividade” naquele concelho rural de Santiago Sul.
É, entretanto, pacífica a entrada dos vice-presidentes do partido, Olavo Correia e Luís Filipe Tavares para a lista de Santiago Sul, em lugares cimeiros. Os outros “pesos pesados” serão também colocados em função da sua expressão política.
 
 

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