O presidente do Movimento para a Democracia (MpD), Ulisses Correia e Silva, manifestou hoje na cidade da Praia, a disponibilidade de aumentar a quota de mulheres na escolha directa de candidatos a deputados para as eleições legislativas em 2016.
O modelo misto aprovado pela Direcção Nacional do MpD dá ao líder do partido a prerrogativa de fazer a escolha directa dos candidatos a deputados para as próximas eleições legislativas.
De acordo com o modelo ainda, os outros restantes candidatos serão escolhidos por sondagem, que sujeitar-se-ão a uma avaliação por parte do eleitorado.
“Não vou comprometer em concreto com números, mas deixamos essa vontade política de ter uma boa participação das mulheres nas listas”, disse Ulisses Correia e Silva, durante a cerimónia de abertura de uma conferência promovida no âmbito da comemoração do 1º aniversário da criação da Associação das Mulheres Democratas (AMD).
O MpD desde 2011 tem oito deputadas no Parlamento, mas Ulisses Correia e Silva disse estar confiante de que é possível “aumentar significativamente” esse número e essa percentagem.
“É esta disponibilidade que trago a esta conferência para despoletar um processo de maior participação das mulheres na vida política”, salientou Ulisses Correia e Silva.
O líder do MpD defendeu que quanto mais mulheres estiveram representadas no Parlamento, melhor será a democracia cabo-verdiana.
“Naquilo que cabe ao presidente do partido vai fazer o máximo para poder ter uma boa representação das mulheres, mas é preciso também a disponibilidade delas próprias”, defendeu o líder do principal partido da oposição.
O MpD quer fazer com que por mérito próprio, por vontade e disponibilidade o partido tenha “uma melhor” representação parlamentar em 2016.
De acordo com Ulisses Correia e Silva, com o novo modelo de escolha dos candidatos às eleições legislativas para 2016, o MpD quer garantir ao país, não só as melhores soluções, mas também, a melhor escolha de candidatos, através de regras objectivas, transparentes e socializadas no sistema do partido e na Nação.
As listas serão elaboradas na base de critérios que já estão definidos que permitam com toda transparência que todos saibam quais são as regras do jogo e como é que as escolhas são feitas, esclareceu Ulisses Correia e Silva.
Por sua vez, a presidente da AMD, Filomena Delgado, disse que a organização que dirige conta com o presidente do partido para que nas listas apresentadas pelo MpD para as próximas eleições legislativas e autárquicas nenhum dos sexos, ultrapasse 60% dos lugares elegíveis.
“Neste ponto, estamos em sintonia com a reivindicação apresentada no dia 04 de Junho de 2015, pela coligação de mulheres da Praia e São Miguel, integrada pelas mulheres candidatas nas eleições autárquicas de 2012”, lembrou a presidente da AMD.
Filomena Delgado apelou à participação das mulheres democratas em todas as fases do ciclo eleitoral, pré-eleitoral, eleitoral e pós-eleitoral, no recenseamento eleitoral em curso no país, na selecção de candidatos para as listas para as próximas eleições, nas assembleias de voto como membros das mesas e delegadas.
“O sucesso da Associação das Mulheres Democratas depende da disponibilidade de cada uma de nós pelo que contamos com todas”, frisou Filomena Delgado.
Fonte: Inforpress
Líder do MpD manifesta disponibilidade de aumentar a quota de mulheres para legislativas de 2016
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