O Governo quer aumentar a participação do comércio no produto interno bruto (PIB), de 12 para 15 por cento (%). Esta intenção foi manifestada esta quinta-feira pelo director-geral do Comércio, Amílcar Aristides Monteiro, à margem do seminário nacional do plano estratégico para o desenvolvimento do comércio.
Para alcançar esse desiderato, é preciso, segundo o director-geral do comércio, melhorar a qualidade das importações.
“Neste momento, Cabo Verde importa muita coisa, mas o sector o privado nacional tem que importar melhor, qualificando-se em fazer contas conjuntas e diversificar as fontes de matéria- prima e de produtos”, sublinhou.
Amílcar Monteiro explica que, com a elaboração de um plano para as políticas comerciais, que será implementado no horizonte 2015-2020, serão suprimidas as necessidades sentidas no sector, com a graduação de Cabo Verde a país de rendimento médio.
“Com a saída de Cabo Verde do grupo de países menos avançados e a sua integração na Organização Mundial do Comércio (OMC), sentiu-se a necessidade de se criar valores e desenvolver o sector empresarial e industrial. Porque deixamos de ter certos apoios internacionais”, realçou.
O presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Sotavento, Jorge Spencer Lima, considerou, por seu turno, que um plano estratégico é sempre uma mais-valia, porque, no seu entender, tenta sempre ordenar e organizar o sector.
Disse, no entanto, que “não vale a pena” fazer grandes planos estratégicos para o comércio sem o devido acompanhamento da indústria.
“Não podemos estar internamente a tratar só o comércio e apenas a importar e não exportar para reequilibrar as contas. Porque nós, neste momento, com as alterações no sistema devido à graduação para país de rendimento médio já não temos acesso às ajuda pública nem a fundos concessionais, portanto são divisas que não vão entrar. Se continuamos apenas a encorajar a importação que é saída de divisas, chegaremos a um momento em que o sistema vai bloquear”.
Governo quer aumentar participação do comércio no PIB
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