O encarregado de negócios da Espanha em Cabo Verde, José Miguel de Lara Toledo, disse, em exclusivo ao A NAÇÃO, à margem de uma visita efectuada esta segunda-feira à sede do Grupo Alfa Comunicações, que não se pode continuar com a mesma dinâmica de financiamento porque Cabo Verde tornou-se um país de rendimento médio.
“Agora temos uma lógica mais de parceiro à parceiro que ajuda no desenvolvimento bilateral. O impacto foi grande, de 2008 a 2012 nós disponibilizamos 80 milhões de euros para Cabo Verde. Não podemos continuar com essa dinâmica de financiamento porque Cabo Verde mudou, já é um país de rendimento médio. Mas agora é completamente diferente e mais interessante porque estamos a descobrir as potencialidades”, afirmou.
José Miguel de Lara Toledo fez uma avaliação até este momento da parceria entre Cabo Verde e Espanha, revelando que há novas áreas de cooperação. “Acho que a cooperação está saudável. Quando criamos a embaixada aqui, em 2007, a lógica era mais de cooperação para o desenvolvimento de Cabo Verde. Agora estamos a identificar áreas interessantes como a política, comercial, defesa, entre outros”, elucida.
O encarregado de negócios da Espanha em Cabo Verde lembrou ainda que a entrada da Binter Canárias no país é a notícia mais agradável desse ano e que esta companhia será uma concorrência positiva para a TACV.
António Neves
“Não podemos continuar nessa dinâmica de financiamento porque Cabo Verde mudou” – Encarregado Negócios da Espanha
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