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Política

Porto Novo chama por César Almeida e Amadeu Cruz

Militantes do MpD sugerem os antigos autarcas César Almeida e Amadeu Cruz para possíveis candidatos que levariam o partido a reassumir a Câmara Municipal do Porto Novo (CMPN) em 2016. Mas a formação política, liderada por Ulisses Correia e Silva, sonda outras pessoas. Carlos Reis é uma delas.
Tanto César Almeida, que liderou aquela Câmara nos primeiros anos do poder local (1992-1996), como Amadeu Cruz (2004-2012) conquistaram respeito e admiração, sobretudo no interior do concelho. Por isso, volta e meia militantes e pessoas próximas do MpD pedem aos dirigentes do partido que apostem num dos dois para reconquistar aquela autarquia, agora comandada por Rosa Rocha (PAICV).
Só que Almeida, que vive na ilha do Sal há já alguns anos, assegurou ao A NAÇÃO que não faz parte dos seus planos voltar a concorrer à CMPN nos próximos tempos e Amadeu Cruz, também a viver no Sal, não parece igualmente virado para esse caminho. Por outro lado, alguns dirigentes do MpD entendem que após a derrota eleitoral em 2012 da equipa encabeçada por Cruz, o partido deve apostar num rosto menos desgastado para a CMPN.
CARLOS REIS E OUTROS MAIS
Nessa linha, surge o nome de Carlos Reis, quadro da Shell (Vivo Energy) e deputado municipal no Porto Novo. Visto por seus pares de partido como pessoa de visão e alguém bastante equilibrado na hora de tomar decisões, Reis granjeia simpatia e apoio de militantes que conhecem bem o eleitorado do Porto Novo, tem o projecto de liderar uma candidatura e é um dos nomes que o MpD tem na lista de possíveis candidatos. O único “handicap”, diz quem o conhece, seria o facto de ele estar perto de atingir a idade de reforma e não desejaria, nessa altura, abandonar a empresa onde trabalha há largos anos.
Outro nome bastante citado é o do bancário Aníbal Fonseca. Este, que já foi vereador da CMPN nos tempos em que Amadeu Cruz era presidente, admite concorrer com o apoio do MpD, mas o seu grande problema seria a fraca penetração no interior do concelho. Sendo o meio eleitoral mais ou menos dividido a 50 por cento entre a Cidade e a zona rural, constituiria um risco lançar um candidato pouco conhecido pelas gentes que moram mais afastadas da zona urbanizada. Mas o partido pode assumir esse risco, desde que Fonseca mostre uma boa “performance” nas sondagens a realizar nos próximos tempos para se saber quem granjeia mais simpatia entre os militantes.
Um outro nome é Pedro Spencer, empresário do ramo de construção civil. Spencer, trabalhou largos anos no Gabinete Técnico daquele município. É bastante conhecido em todo o concelho, mas quando abordado, não se mostra disponível a avançar por ora.
ENCONTRAR SAÍDAS
O certo é que Ulisses Correia Silva, que terminou uma visita de  três dias a Santo Antão nesta terça-feira, 2, regressa daquela ilha com a ideia de que as gentes do Porto Novo pedem dirigentes e candidatos que atraiam projectos que possam gerar empregos. Sim, porque o concelho tem uma população jovem que deseja encontrar saídas profissionais nesses tempos em que o sector primário (agricultura), do qual muita gente vive, atravessa grandes dificuldades por falta de chuva.

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