A Fundação Loro Parque (Parque do Papagaio), de Tenerife, ilhas Canárias, está a desenvolver um projecto juntamente com Cabo Verde, para a instalação de uma rede de protecção marinha.
Segundo, Javier Almunia, Diretcor para Assuntos do Meio Ambiente do Loro Parque, este é um projecto que dura há mais de 20 anos e que visa favorecer a criação destas redes em todos os arquipélagos.
“Em 2007 estivemos numa reunião internacional com a comissão especial de espécies migratórias e propomos uma colaboração conjunta. Actualmente estamos financiando uma rede de investigadores em todos os arquipélagos, Cabo Verde inclusive, sobre os cetáceos e na forma como conserva-los”, afirmou.
O projecto está a ser trabalhado em conjunto com o governo de Cabo Verde na implementação dessa rede, que se mostra importante para a conservação dos animais, principalmente aqueles em risco de extinção.
“Estamos estabelecendo as redes de colaboração entre científicos e os técnicos inicialmente, e quando estiver a fluir bem entre eles deverão ser colocadas mais capacidades sobre esta estrutura, sobre questões mais políticas para estabelecer de forma mais coordenada a conservação”, completa.
O Loro Parque existe desde 1972 e já recebeu mais de 19 milhões de visitantes. Fundado pelo alemão Wolfgang Kiessling, é considerado o melhor zoológico da Europa e o terceiro no mundo.
Actualmente temos mais de 10 mil animais e mais de 500 espécies, incluindo o papagaio (loro), que é o cartão postal do zoológico com uma presença maioritária.
O Loro Parque tem a sua fundação que trabalha com o objectivo de conservar a biodiversidade. “Actualmente existem 32 programas activos de conservação em todo o mundo, fundamentalmente ligados aos papagaios”.
Dos animais presentes neste zoológico, o papagaio é das espécies que estão no nível mais crítico de ameaça de extinção, perfazendo um total de 12 espécies, de acordo com Janvier Almunia, e 60 estão num nível moderado. “Existe uma zona informativa onde os visitantes ter conhecimento sobre todos os animais existentes no Loro Parque”, diz ainda o director.
Das receitas arrecadadas nas vendas de bilhetes de entrada e outros, 12 por cento (%) são canalizados directamente para esta fundação como forma de ajudar a financiar os projectos de conservação da natureza. “Os visitantes tem de sentir que estão a ajudar a preservar a natureza e que e os animais que temos no Parque são os embaixadores para a natureza”. CG
Canárias: Cabo Verde incluído no projecto de conservação de natureza da Fundação Loro Parque
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