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Política

PR na 25.ª Cimeira da União Africana em Joanesburgo

O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, vai participar, a 15 deste mês, em Joanesburgo, na 25.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), cujo tema central passa pela agenda de desenvolvimento para os próximos 48 anos.
Num comunicado, o ministério cabo-verdiano das Relações Exteriores adianta que as reuniões estatutárias e preparatórias começam domingo naquela cidade sul-africana na presença do chefe da diplomacia de Cabo Verde, Jorge Tolentino, que permanecerá na África do Sul até ao dia da conferência final.
A chegar ao fim a Agenda 2015, consagrada aos oito objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) definidos pelas Nações Unidas em 2000, os 54 Estados africanos vão perspetivar a Agenda de Transformação do continente no quadro da Agenda 2063.
Sob o lema “Ano do Empoderamento da Mulher e do Desenvolvimento da África: Rumo à Concretização da Agenda 2063”, a UA vai debruçar-se sobretudo no relatório do retiro ministerial sobre o primeiro plano de aplicação decenal da Agenda 2063 da organização e os respetivos mecanismos de financiamento.
Os 54 Estados vão também analisar os relatórios da organização sobre a crise humanitária causada pela epidemia de Ébola que assolou vários países da África Ocidental, sobretudo na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.
Outro relatório é o do Conselho de Paz e Segurança, que inclui uma análise a questões ligadas ao terrorismo, extremismo radical, conflitos e a resposta de África a todos esses fenómenos, bem como feito um ponto de situação sobre o Médio Oriente, virado sobretudo para a questão palestiniana.
Os chefes de Estado e de Governo analisarão ainda os relatórios dos diferentes comités constituídos com mandatos precisos sobre à Agenda de Desenvolvimento pós-2015, comércio em África, implementação do programa do NEPAD, reformas nas Nações Unidas e Mudanças Climáticas, entre outros.
Mais especificamente, uma das principais metas a estabelecer na cimeira passa por silenciar as armas no continente até 2020, que terá de passar pelo diálogo e pela resolução pacífica dos conflitos, de forma a garantir a paz e a estabilidade em África.
A integração económica é outro tema, destinado a promover um crescimento sustentável e inclusivo, ou seja, um mercado de livre comércio em todo o continente, o que, segundo dados da própria UA, envolverá 600 milhões de pessoas, um PIB estimado de um trilião de dólares e a um crescimento de mais de 5% ao ano.
A intenção já anunciada de criar uma rede ferroviária africana de alta velocidade, o desenvolvimento do livre movimento de pessoas, o passaporte africano e o estabelecimento de instituições financeiras continentais, incluindo um Banco Central Africano, são outros dos temas concretos a abordar.
Fonte: Lusa

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