O Banco de Cabo Verde (BCV) considera, no seu relatório anual de política monetária, que o enquadramento externo da economia cabo-verdiana foi “relativamente favorável” em 2014, tendo a economia do arquipélago beneficiado, em certa medida, da ligeira recuperação da zona do Euro “da mais longa recessão da sua curta história”.
O contínuo fortalecimento das economias dos Estados Unidos da América (EUA) e do Reino Unido, a redução expressiva do preço das matérias-primas energéticas e a redução da inflação importada “também favoreceram o melhor desempenho da economia nacional”.
De acordo com o relatório, as estimativas preliminares do FMI sugerem, entretanto, que o ritmo de crescimento da economia mundial permaneceu inalterado relativamente a 2013 (o PIB global cresceu 3,4 por cento tanto em 2014 como em 2013).
A área do Euro, o principal parceiro económico de Cabo Verde, cresceu 0,9 por cento em 2014 (após uma contração de 0,5 por cento em 2013), em função essencialmente da recuperação da formação bruta de capital fixo e do crescimento mais acelerado das exportações.
A economia da região foi favorecida pela política monetária excecionalmente acomodatícia, num contexto de depreciação do euro e de alguma moderação na consolidação orçamental.
As condições do mercado de trabalho, entretanto, registaram melhorias modestas, permanecendo a taxa de desemprego em 11,6 por cento em 2014, inferior em 0,2 pontos percentuais ao valor registado em 2013.
Os EUA e o Reino Unido, dois outros importantes parceiros económicos do país, foram, em 2014, as economias mais dinâmicas do grupo das economias avançadas, crescendo em termos reais, respetivamente, 2,4 e 2,6 por cento (2,2 e 1,7 por cento em 2013).
Contexto externo favorece economia de Cabo Verde
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