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Ambiente

Ilha do Maio quer ser reserva da biosfera da UNESCO

A ilha do Maio pretende ser reserva da biosfera da UNESCO. Moisés Borges, director-geral do Ambiente, mostra-se confiante numa candidatura “bem-sucedida” porque “o Maio reúne todas as condições”.
O processo da candidatura do Maio à reserva biosfera vem sendo preparado desde o ano passado e encontra-se já na sua recta final. O dossiê será apresentado entre Agosto e Setembro do corrente à UNESCO, em Paris, França.
Segundo Moisés Borges, Maio “apresenta boas condições”, desde logo porque “há um bom engajamento da Câmara Municipal, entidade crucial na gestão das reservas da biosfera, bem como da Sociedade de Desenvolvimento Turístico das ilhas da Boa Vista e do Maio (SDTIBM) e de outros parceiros que estão engajados na promoção da ilha como reserva da biosfera da UNESCO, e ainda da população em geral”.
O coordenador do projecto, Nuno Ribeiro, explicou também ao A NAÇÃO que a candidatura do Maio nasceu da necessidade de a ilha ter a sua primeira reserva da biosfera, um processo que vem desde 1998 e que só agora se concretizou. Ribeiro esclarece que a ilha não foi escolhida por acaso, pois, resulta de um estudo entre as ilhas do Sal, da Boa Vista e do Maio, e esta apresentou as melhores condições em termos naturais e socioeconómicos.
Ganhos
Os ganhos para o Maio e para Cabo Verde, caso a ilha venha a ser declarada reserva da biosfera, serão muitos, segundo aqueles dois responsáveis. “O primeiro grande ganho é termos Cabo Verde dentro de uma rede internacional de reservas da biosfera, que é um programa ambicioso da UNESCO”, explica Nuno Ribeiro.
Optimista também, o director-geral do Ambiente acredita que a escolha do Maio pode vir a ser uma fonte importante de atracção de investimentos, mas também de turistas, sem deixar de frisar que as seis áreas protegidas da ilha vão passar a constituir os “núcleos da reserva” e que haverá “zonas de transição” próximas das mesmas.
“O projecto da candidatura do Maio à reserva da biosfera da UNESCO inicialmente custou à volta de 25 mil dólares e, embora a UNESCO não financie nenhum projecto, ela tem criando as condições para que os mesmos sejam elaborados em concertação com os demais parceiros, dentro de uma vasta rede de candidatos”, clarificou o coordenador Nuno Ribeiro.
Os resultados, que serão publicados pela UNESCO, têm previsão de saída para Julho do próximo ano. Até 2014, existiam cerca de 600 reservas pelo mundo, em 119 países.
De referir que hoje, sexta-feira, 22, é o dia internacional da biodiversidade. Para isso estão previstas várias actividades, que passam pela educação e sensibilização para a protecção da biodiversidade. Alunos participam em campanhas de plantação de árvores, concursos de fotografia, etc.
Jacqueline Neves
 
 

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