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Cultura

Organização satisfeita com “qualidade musical” do Gamboa

A organização do 23º festival da Gamboa mostrou-se satisfeita com a “qualidade musical” que foi apresentada, bem como a interacção entre o público e os artistas, com “a cereja no topo do bolo” com a presença “por sorte” do belga Stromae no evento.
A Câmara Municipal da Praia, (CMP), na voz do vereador da cultura António “Tober” Silva afirmou que este ano foi atingido um “patamar elevado” relativamente por parte da organização e dos artistas.
“Para além de Os Tubarões, falar do Gamboa é falar de Stromae. Foi uma sorte porque de contrário não seria possível. Para mim não foi só a fama que ele trouxe, foi um espectáculo incrível e que elevou a qualidade do festival”, afirmou.
Uma sorte que poderia ter acontecido à ilha de São Vicente. De acordo com o produtor do evento deste ano Djô da Silva, da Harmonia, já na edição de 2014 de Baia das Gatas, ele e o produtor de Stromae, Dimitri, conversaram e decidiram que deveriam levar o artista àquela ilha para actuar e conhecer o local onde Cesária Évora nasceu, cresceu e começou a cantar.
“Claro, ele gostaria de ir a São Vicente, mas a tournée coincidiu com o mês de Maio, e Gamboa, mas ficou o compromisso de algum dia regressar e ir para São Vicente”, revelou Djô da Silva.
Perguntado de onde vêm tamanha paixão do músico belga por Cesária Évora (falecida em Dezembro de 2012), uma vez que só conversou com ela durante cinco minutos, o produtor da Harmonia contou-nos que lhe foi transmitido pela mãe.
“Vem da sua infância, a sua mãe é que o fez descobrir Cesária, que o ensinou a conhece-la. Ele viu na Cesária uma pessoa muito boa e muito do que faz inspira-se nela. Vê-se que o amor que tem por ela não é fingido”, relata.
Os dois dias que o artista esteve em Cabo Verde, segundo Djô da Silva, foram de muita emoção “a falar muito de Cesária. Ele tinha muitas perguntas, falamos muito, mostrou emoção, choramos. Por acaso tem aqui várias pessoas que trabalharam com a Cesária e todos ficaram muito emocionados”, disse.
Quanto ao balanço de mais esta edição do festival da Gamboa, embora a afluência do público tenha sido menor que nos outros anos, a organização diz-se satisfeita, não obstante as reclamações, principalmente sobre os preços dos bilhetes.
“Os bilhetes estiveram à venda durante 15 dias a 300 escudos. As pessoas deixam em cima da hora para comprarem os ingressos para depois reclamarem. O pouco público também poderá estar ligado à situação social do país, e também porque o festival acontece no meio do mês”, explica Tober.
Já Djô da Silva adiantou que irá ser feito um balanço para decidirem se entrarão como produtora do evento no próximo ano, já que o concurso de concessão é de três anos.
“No primeiro ano perdemos muito dinheiro, somos uma firma pequena. O balanço musical foi muito bom, conseguimos elevar naquilo que queremos, o orçamento foi de 25 mil contos o que não está fácil atingir esse momento. Os bilhetes no ano passado não cobriram as despesas, tivemos perda de seis mil contos e este ano também não vai cobrir”.
No inicio do festival e devido às exigências do artista belga, houve ainda espaço para alguma desorganização e alguns elementos da imprensa, repórteres do A NAÇÃO inclusive, foram barrados na entrada da parte da imprensa, enquanto crianças, adolescentes e outras pessoas circularam livremente. CG/SM
 
 
 
 
 
 

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