A classe médica está, também ela, numa luta renhida com o Ministério da Saúde para resolver os vários problemas sócio laborais de que neste momento padece. Entre eles, constam a reclassificação, as condições e os requisitos de ingresso na carreira, o índice salarial, as horas extraordinárias, etc.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Cabo Verde (SMCV), Nilton Oliveira, neste momento, decorrem as negociações com o MS para resolver esses e outros problemas que afectam a classe. “É uma das nossas reivindicações é a questão dos salários”, adianta.
De acordo com aquele responsável, o salário base dos médicos é de 87 mil escudos, mas se não estiverem nos serviços de urgência só recebem 71 mil. Um valor que a classe considera “incompatível ” com as funções que desempenha, tendo em conta os riscos e demais problemas que se colocam a quem lida, no dia a dia, “com a vida dos outros”.
Há muito que o MS enviou uma carta ao sindicato a dizer que estava aberto a negociações e que estas deverão acontecer em breve. O problema da progressão na carreira médica arrasta-se há 18 anos, ou seja, desde 1995, quando foi criada, e vem sendo discutida desde 2009.
Cabo Verde precisa ainda de muitos médicos para suprir todas as necessidade da sua população. A prova disso são as ilhas que acabam ficando isoladas, ou com serviço de um a cinco médicos, para cobrir cinco mil pessoas ou mais.
Médicos lutam por salário mais digno
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