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Economia

Roubo de energia e água já envolve empresas e instituições – alerta presidente da Electra

O presidente do conselho de administração da Electra considerou hoje, no Mindelo, que o roubo e furto de energia e água, em Cabo Verde, já atingiram “um nível elevado” também com envolvimento de empresas e instituições.
Perante o primeiro-ministro e a ministra de tutela, José Maria Neves e Leonesa Fortes, respectivamente, Alexandre Fontes, que lidera a Empresa de Produção e Distribuição de Energia e Água (Electra), classificou a luta contra o roubo de eletricidade e água como “o principal problema” da empresa e do sector.
Por isso, solicitou o engajamento dos parceiros nacionais e de “todos os actores” do sector da energia na luta contra o roubo, pois “muitos consumidores” já perderam a ética.
O objectivo, avançou, não é simplesmente o de permitir o equilíbrio das contas da Electra e o financiamento das suas operações, mas sim, sustentou, “a prazo” reduzir as tarifas, pelo que, anotou, a nação deve ser igualmente “o garante” de “certos princípios morais”.
Na ocasião, Alexandre Fontes, que falava, na manhã de hoje, no Mindelo, no acto de inauguração da nova central electrica do Lazareto, aproveitou para “chamar a atenção” do Governo sobre a cobrança de taxas de outros serviços nas facturas de electricidade e água, não ligadas aos serviços fornecidos pela empresa, e que coloquem “em perigo” toda a transformação em curso e o saneamento financeiro da Electra.
Com efeito, explicou, qualquer aumento da factura total de electricidade e água irá “expor a empresa a uma fuga de pagamento dos consumidores” e a redução das suas receitas.
“Neste sentido, afirmamos sem equívoco, que não será boa decisão integrar a cobrança da taxa de resíduos sólidos na factura da Electra”, declarou a mesma fonte, que exemplificou com a taxa RTC, que representa, pelo escalão mais baixo, cerca de 44 por cento do valor total da factura da empresa.
Este facto, acrescentou, “cria uma motivação” a certos consumidores para não pagar as suas facturas pelo consumo de electricidade e água o que, precisou, afecta o “rácio cobrança versus facturação”.
Em resposta, José Maria Neves disse estar de acordo que o Governo deve encontrar outras formas para o pagamento de diferentes taxas, para cuja cobrança, pediu, os serviços municipais de contribuições e impostos devem interessar-se mais.
Em jeito de TPC (trabalho para casa), como referiu o primeiro-ministro, deixou à administração da Electra um desafio no sentido de fazer “um esforço” para “alargar ainda mais” os postos de cobrança e exemplificou: “se posso inaugurar esta central com click no computador, então também posso pagar as contas de electricidade e água com um click no computador”.
“Vamos acabar com as filas para pagar a electricidade, revolucionemos esta questão e simplifiquemos a vida dos cidadãos”, ajuntou o chefe do Governo.
A nova central electrica do Lazareto vai  garantir uma maior penetração e estabilidade no fornecimento de energia à cidade do Mindelo, com a  instalação de dois grupos geradores de 5,5  megawatts (MW) de potência cada, e ainda vai levar à desativação da central da Matiota.
Fonte: Inforpress

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