Cabo Verde vai passar a ter um embaixador permanente em Bissau, uma velha ideia em vias de sair do papel dentro de pouco tempo. A ideia, soube A NAÇÃO, passa pela designação de um embaixador ainda que não residente na Guiné, mas com a incumbência de acompanhar em permanência a situação naquele país irmão.
Cabo Verde é de resto um dos países que ajudou, há menos de um mês, a Guiné-Bissau a realizar a sua conferencia de doadores, em Bruxelas, estando igualmente empenhado nas reformas que o executivo de Domingos Simões Pereira, do PAIGC, procura implementar após o retorno à normalidade democrática.
Bissau, segundo fontes deste jornal, é neste momento uma prioridade para a política externa cabo-verdiana. “E, para isso, vai-se nomear um embaixador para se ocupar exclusivamente da Guiné-Bissau, embora residindo em Cabo Verde. Ao mesmo tempo, esse diplomata irá trabalhar no sentido de criar as condições para uma presença permanente em Bissau”, explicou uma fonte.
Até aqui o embaixador de Cabo Verde em Dakar, Senegal, cobria também a Guiné-Bissau. Entretanto, um passo importante para um novo quadro diplomático foi dado com a visita recente de Domingos Simões Pereira a Cabo Verde através da assinatura de um acordo de reciprocidade para a instalação física da representação dos dois países no território do outro. “Já cumprimos a nossa parte, com a instalação de um Consulado Geral da Guiné na Cidade da Praia, falta a Guiné cumprir a sua parte”, revelou uma fonte.
Entretanto, se para a Guiné o quadro é o acima de descrito, para outras capitais em África a situação mantém-se inalterada. “Por questões financeiras, só para o próximo ano será possível pensar numa representação em Abuja. A mesma coisa se passa com Adis Abeba, por mais importante que sejam esses dois postos em África”, ouviu A NAÇÃO de um alto responsável do Palácio das Comunidades.
