“Eu me chamo Antônio”, “best seller” no Brasil, é lançado esta quarta-feira, na Biblioteca Nacional, às 18 horas. O seu autor é o brasileiro Pedro António Gabriel Anhorn, 29 anos, que passou parte da infância em Cabo Verde, daí a vontade de partilhar esse sucesso com os cabo-verdianos.
Arquitecto de formação, Pedro Gabriel conta que os seus escritos e desenhos saem da ponta de uma caneta preta, directamente para folhas de guardanapo. “Um dia, esqueci o meu caderno de ideias e parei no bar Café Lamas, no Rio de Janeiro, e estava a pensar onde iria fazer as minhas anotações. Peguei num guardanapo e comecei a desenhar as letras, porque, mais do que escritor, sou um desenhador de palavras”.
Entretanto, o sucesso só começou a partir do momento em que Pedro Gabriel decidiu unir a ideia, a caneta, o guardanapo, a fotografia e a internet. E, pouco a pouco, através das redes sociais, as pessoas começaram a comentar, e a partilhar, os desenhos e dizeres do Antônio, personagem das suas histórias e situações.
Com o sucesso, e mais de um milhão de seguidores, a editora Intrínseca também se deu conta do fenómeno e decidiu publicar os textos-gravuras de Pedro Gabriel em livro, tornando-se num “best seller” em pouco tempo.
Cabo Verde
De Cabo Verde, país onde Pedro Gabriel viveu boa parte da sua infância, devido ao trabalho do pai suíço, tem boas recordações. E por causa disso, e pelo facto de o pai querer reunir os quatro filhos em Cabo Verde, para uma reunião de família, acabou por surgir a ideia de apresentar os seus dois livros, “Eu me chamo Antônio” e “Segundo Eu me chamo Antônio”.
“Posso dizer que o que faço hoje é graças período que vivi aqui. E sempre que escrevo há traços da minha infância e de Cabo Verde. Espero que as pessoas recebam o meu livro da melhor forma possível”, confessa.
Quem é Antônio?
Antônio, personagem do livro de Pedro Gabriel, é um alter-ego do autor. “O António é uma personagem que criei para expressar aquilo que sinto. E falar de Antônio é falar da minha infância em África”. Sim, isto porque Pedro nasceu em Ndjamena, capital do Chade, onde o pai na altura trabalhava. Cabo Verde, é claro, viria depois.
“Eu me chamo Antônio” – best seller no Brasil apresentado na Praia
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