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São Vicente

São Vicente: UNTC-CS pede ao PR que vete o estatuto dos políticos em nome da paz social

Acreditando que se o estatuto dos titulares da classe política for promulgado pelo Presidente da República, a paz social em Cabo Verde pode estar severamente ameaçada, a União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos- Central Sindical (UNTC-CS), em São Vicente, pede o veto PR ao diploma.
A UNTC-CS em São Vicente afigurou-se, nesta quinta-feira, como mais um que pede ao Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que vete o estatuto dos titulares de cargos políticos. E com isso apresenta diversas razões para estar contra como a má conjuntura económica social, devido ao mau ano agrícola, a erupção vulcânica na ilha do Fogo, servidores públicos com salários baixos e ainda o congelamento dos salários da administração pública desde 2011.
“Isto apesar de entendermos os seus propósitos, eles andaram em contramão, pois, perderam a oportunidade de acompanharem os demais funcionários públicos  a quando dos reajustes salariais de dois, dois e meio, um e 1,75 ocorridos até o ano de 2010”, justifica o secretário, Eduardo Fortes.
Para além da questão salarial, Eduardo Fortes diz ser “incomportável” para o país o aumento de 65 por cento,  que correspondem a valores entre 88 a 110 contos por mês. Ainda outros benefícios que terão os políticos como a reforma de 100 por cento e com 60 anos. “Que o digam os marítimos que há alguns anos estão à espera de uma deliberação do Conselho de Concertação para reformar mais cedo”. Tudo isto entre  outras regalias como o direito a carreira sem concurso, isenção de pagamento de impostos, evacuação para o exterior sem discriminação do país, etc. “O diploma contém outras regalias que só podem ser consideradas como discriminatórias, expansivas, imorais e anti-inconstitucionais”, classifica Fortes.
Nessa óptica aquele secretário da UNTC-CS acredita ser esse diploma como “a última gota que faltava para transbordar o copo” e que pode afectar a paz social, que tem sido apresentada como a bandeira de Cabo Verde lá fora para atrair investimentos. “Pode-se ver que haverá consequências, mas a culpa não será nem dos trabalhadores e nem dos cidadãos”,
Desde já esta central sindical em São Vicente mostre-se disponível para jornadas de luta que vierem a ser adoptadas, manifestações, greves,  seja lá o que for.
 
 

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