O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, diz reagir com estranheza à denúncia de estar a violar a Constituição da República de Cabo Verde, por não ter convocado ainda a reunião do Conselho de Defesa Nacional, publicado por este jornal na sua edição impressa desta quinta-feira.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, não existe nenhuma norma constitucional e nem lei que o obriga a convocar esta reunião.
“Se a norma não existe não posso estar a violar algo que não existe”. Esta afirmação foi feita à margem do encontro em que o PR teve, na tarde de hoje com os jovens que integraram o “Conselho de Ministros Especial”. “Atribuo isso ao período pré-eleitoral”, afirmara o PR na sala de reuniões com os jovens.
Para o Presidente da República, este acto está ligado ao período pré-eleitoral, as eleições estão marcadas para o próximo ano, 2016.
“Só posso perceber isso num ambiente de jogos políticos e partidário, mas o presidente é totalmente alheio a isso. Não me interessa absolutamente nada”, afirmou JCF.
“Ainda no outro dia outro jornal referia que respondi ao primeiro-ministro (sobre o caso do estatuto da primeira-dama). O meu post foi 24 horas antes. Como não sou adivinho e nem bruxo, não posso responder a uma coisa que não conheço, dito no dia seguinte”, continua JCF que afirma que esses actos são meramente eleitoralistas porque andam a acontecer coincidências há mais”.
“Coisas estranhas. Deve haver maior esforço e mais rigor nas coisas, principalmente fazendo grandes manchetes com dados falsos e facilmente detectáveis”, reforça o PR para quem a notícia não tem “pés nem cabeça”.
“Posso aceitar críticas de que já devia ter reunido com o Conselho Superior de Defesa Nacional, aliás vou convocá-lo no mês de Abril. Não convoco uma reunião por convocar, tenho que reunir alguns elementos, ouvir algumas instituições e preparar uma agenda”, revela Jorge Carlos Fonseca que aproveita para dizer que também está na agenda a convocação do Conselho da República também “que até hoje nunca se reuniu”. CG
