O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, recebeu na tarde desta quinta-feira, 26, o grupo de jovens que participaram do encontro de Conselho de Ministros Especial, para uma conversa informal no Palácio da República.
Para além de conhecerem alguns sectores e funções da Presidência da República, os jovens puderam colocar algumas questões a Jorge Carlos Fonseca que respondeu prontamente e ainda aproveitou para apelar à adesão dos jovens ao programa “He for She”.
No final Jorge Carlos Fonseca classificou o encontro como proveitoso. “Foi muito agradável e útil e espero que tenha sido também para os jovens. Colocaram questões que normalmente não são postas, mais sofisticadas, mais delicadas e portanto tive que fazer um exercício de raciocínio rápido para responder, mas foi um clima de informalidade, um diálogo franco e aberto”.
No encontro, o PR realçou que, na sua posição pode falar de todos os assuntos. Um dos jovens colocou a questão sobre o comportamento dos deputados no Parlamento, com posturas muitas vezes, pouco dignos, no que Jorge Carlos Fonseca respondeu que “o Parlamento normalmente espelha a sociedade de onde vem. São 72 deputados diferentes, com percurso de vida diferente, portanto não é fácil que as coisas decorram como a achamos que seria o ideal. Naturalmente há excessos que devem ser combatidos como o insulto gratuito, a provocação gratuita. Que não devem ser motivados nem encorajados, aponta este PR salientando que a casa parlamentar é de pluralidade e liberdade “portanto é sempre difícil regular com rigor, com precisão as formas de actuação dos deputados, embora exista um regimento”.
Questionado sobre a insatisfação de alguns populares face à aprovação do novo Estatuto de Titulares de Cargos Políticos, Jorge Carlos Fonseca deixa transparecer que pouco pode fazer, uma vez que a aprovação foi por voto unânime “o que é raríssimo no nosso Parlamento. “O Presidente da república não veta só porque uma parte do público é contra, mas também não pode ser alheio a certas críticas. O Presidente tem de analisar todos os factores”, avança JCF adiantando que “o veto político pode ser superado se for reconfirmado por uma maioria absoluta”.
Sabe-se que um grupo de jovens já convocou uma manifestação para contestar esse novo estatuto e o PR adianta que Cabo Verde vive num país democrático e “de acordo com a nossa Constituição, o direito à manifestação cabe aos cidadãos”. CG
PR recebe jovens para conversa informal
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