O PAICV congratulou-se hoje com a descida na taxa de desemprego de 16,4% em 2013 para 15,8% no ano passado, salientando que isso confirma as previsões tanto do Governo como do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em conferência de imprensa, o secretário-geral do partido no poder, João do Carmo, disse que os dados do inquérito tornados hoje públicos pelo Instituto Nacional de Estatística apontam para a retoma do crescimento da economia.
Os resultados do inquérito corroboram a ideia de que o agravamento da taxa de desemprego ocorrido, nos últimos anos, reflecte, no essencial, a crise internacional e, particularmente, a crise que teima em persistir na zona euro à qual Cabo Verde está “intimamente” ligado e onde qualquer evolução, “negativa e positiva” se reflecte no país, explicou.
João do Carmo recordou, por outro lado, que essa crise traduziu-se principalmente na queda do investimento privado, externo e nacional, nas áreas turísticas e imobiliárias, que arrastou consigo o grande empregador que é o sector da construção civil.
No entender do secretário-geral do PAICV, a taxa de desemprego ainda continua elevada, pelo que o partido saúda as medidas que vêm sendo tomadas pelo executivo, em termos de políticas activas de fomento do emprego e para estimular o crescimento económico.
João do Carmo encorajou o Governo “a continuar a empreender esforços para atacar o problema do desemprego, especialmente no seio dos jovens”.
Questionado sobre o aumento da população inactiva no arquipélago, considerou que o mais importante é a tendência pela redução, “ainda que tímida”, das taxas de desemprego nos últimos anos.
Admitiu, contudo, que a erupção do vulcão do Fogo e o mau ano agrícola poderão perigar essas conquistas nas contas deste ano e crê que os investimentos já feitos na captação da água vão contribuir para minimizar os impactos dessa situação com o incremento do sector do agro-negócios.
Confrontado com as opções para que o país deixe de ter, por exemplo, mais de seis mil jovens desempregados com formação pós-secundária, João do Carmo anunciou a realização, nos próximos tempos, de algumas conferências concretamente sobre a economia precisamente para apresentar “uma nova visão económica” para os cabo-verdianos no pós-2016 e que se adequa aos novos tempos.
Adiantou que o turismo continuará a ser uma boa opção para Cabo Verde, que precisa também de uma nova política monetária, que “de certeza” terá os seus impactos na economia, com os ‘clusters’ também a serem potenciados em favor do desenvolvimento.
Fonte: Inforpress
PAICV congratula-se com descida da taxa de desemprego
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