Os munícipes da Ribeira Brava, em São Nicolau garantem que os investimentos do Governo e da autarquia local realizados nos últimos anos no sector da água, fomentou a geração de emprego.
Este é o sentimento vivido pelos munícipes que participaram do debate “Mais água, mais qualidade de vida”, que decorreu ontem à tarde na Biblioteca Municipal da terra de Baltazar Lopes da Silva e que juntou José Maria Neves, primeiro-ministro de Cabo Verde, Américo Nascimento, autarca da Ribeira Brava, Antero Veiga, ministro do ambiente, habitação e ordenamento do território (MAHOT) e ainda Leonesa Fortes, Ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial.
Em pleno Dia Mundial da Água e dia também da inauguração da Central de Dessalinização da Preguiça, na Ribeira Brava, Manuel dos Santos, empresário local fez questão de recordar que há uns anos atrás os barcos chegavam a São Nicolau e “voltavam vazios”, mas que agora “já levam produtos agrícolas para abastecer outras ilhas”.
Isto, graças ao trabalho realizado “no aumento da mobilização de água”, que “gerou mais emprego” e fez “diminuir o custo dos produtos no mercado”, permitindo “melhorar a qualidade de vida das pessoas”.
Os munícipes elogiaram o facto de a Ribeira Brava ter uma cobertura de 90% na rede de água domiciliária, mas mostram-se agora apreensivos com o preço que poderá vir a ser praticado com a cobertura de água dessalinizada.
Adilson Melício, delegado do MDR e vereador da autarquia para o sector da água, admitiu que o preço da água irá subir, mas avançou que terá de haver um consenso em relação ao mesmo.
Já José Maria Neves, que se encontrava na ilha de Chiquinho para inauguração da dessalinizadora e do parque natural do Monte Gordo, assegurou que com a introdução das energias renováveis será possível reduzir os custos de produção e distribuição da água. O chefe do executivo, em jeito de brincadeira disse até que Cabo Verde não tem petróleo como Angola, mas pode ter a sua “Sonangol” de sol e vento, dois recursos naturais do país, podendo mesmo vir a produzir “400% das necessidades de energia do país”.
Além da necessidade de redução do custo da água no país, outro dos constrangimentos apontados foi a necessidade de regulação e melhor gestão do sector. Antero Veiga destacou a “reforma” em curso no sector da água e saneamento, entre elas, com a criação da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), do Conselho Nacional de Água e Saneamento, assim como o Código de Água e Saneamento, em preparação. A estes junta-se toda a revisão da legislação afecta ao sector. GC
Ribeira Brava: munícipes exaltam que aumento da disponibilidade de água gerou mais trabalho
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