O Fundo Monetário Internacional, que acaba de efectuar uma missão a Cabo Verde, considera “apropriada e tempestiva” a acção recente do Banco de Cabo Verde no sentido de “afrouxar” e “facilitar” o acesso ao crédito à banca comercial. Ao contrário das críticas surgidas internamente, designadamente da oposição, o FMI entende que as medidas pelo BCV foram “oportunas”.
De acordo com uma apreciação do BCV, a que A NAÇÃO teve acesso, a actuação do Banco Central em relação ao quadro existente, nomeadamente no capítulo do crédito bancário e prudencial, foi considerada pela missão do FMI como tendo sido “apropriada e tempestiva”.
O “staff “ do FMI felicita o BCV pela oportuna decisão de ampliar as condições de afrouxamento monetário e de facilitar o processo de resolução dos problemas decorrentes do crédito mal-parado.
E para 2015, de acordo com a mesma fonte, a missão do FMI prevê para Cabo Verde a continuação de uma inflação benigna e de um nível robusto de reservas cambiais, conferindo margem de manobra para que a política monetária permaneça acomodatícia nos próximos tempos.
Neste âmbito, o FMI evidenciou bastante optimismo, ao considerar que “o sentimento geral no mercado parece ser de um optimismo prudente e os bancos referiram planos de expansão do crédito entre 6 a 10% em 2015”, isto na sequência de encontros da equipa do Fundo com os bancos comerciais.
Contudo, não obstante a avaliação globalmente positiva feita pela missão do FMI, nomeadamente do programa de investimentos públicos, segundo a apreciação do BCV, alerta-se o Governo para os desafios ao nível da sustentabilidade da dívida pública, decorrentes do aumento dos riscos, devido a factores exógenos com impacto num menor crescimento económico nos últimos anos bem como a depreciação do euro.
Crédito à economia: FMI avaliza medidas do BCV
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