Os trabalhadores das alfândegas aprovaram a realização de uma greve para os dias 23, 24 e 25 de Março, caso o Governo persista em ignorar as suas reivindicações, disse hoje, na Praia, o presidente do SINDETAP, Domingos Barbosa.
O pré-aviso de greve de três dias, já foi entregue ao gabinete da ministra das Finanças e do Planeamento, Cristina Duarte, pelo Sindicato Nacional, Democrático dos Trabalhadores da Administração Pública (SINDETAP), em representação dos trabalhadores das alfândegas.
Os funcionários reivindicam “ausência total de diálogo por parte do Ministério das Finanças, relativamente às discussões e consensualização dos estatutos de carreira dos funcionários da Direcção Nacional de técnicos de receitas do Estado, a grelha salarial e a lista de transição do actual para o novo estatuto”.
A clarificação da atribuição de ajudas de custo, retoma do quadro especial do pessoal aduaneiro, reposição do espaço e transporte do pessoal de Alfândega, explicou Domingos Barbosa.
Os trabalhadores explicaram à Inforpress, que colocam em causa o Plano de Cargo, Carreira e Salário, razão pela qual, atestam, já deram entrada uma diligência no Supremo Tribunal da Justiça.
Os funcionários, alfandegários, dizem ainda estarem descontentes e inconformados com o tratamento por parte da Direcção Nacional de Receitas do Estado, sobretudo em questões relacionadas com a distribuição e afectação de espaço de funcionamento de serviços alfandegários.
Do caderno reivindicativo da greve, que vai abranger a todas as categorias profissionais e sectores e serviços alfandegários do país, constam ainda a suspensão imediata de atribuição das ajudas de custas e subsídios de deslocações a funcionários contratados e o fim do impedimento de funcionário com requisitos de participar em concursos.
O presidente do SINDETAP disse que a greve é a “única via para a resolução dos problemas” dos trabalhadores, depois de esgotado o diálogo com o Governo.
“Vamos lutar até o Governo negociar e satisfazer as reivindicações dos trabalhadores”, afirmou Domingos Barbosa à saída da entrega do pré-aviso de greve.
Caso esta greve venha efectivar-se, será a terceira paralisação marcada neste início do ano de 2015 em Cabo Verde, após as concretizadas pela Polícia Judiciária (PJ) e os professores.
Fonte: Inforpress
Trabalhadores das alfândegas aprovaram a realização de greve de três dias
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