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Economia

BCV reduz taxas diretoras e de reservas mínimas

O Banco de Cabo Verde (BCV) anunciou, esta sexta-feira, um conjunto de medidas com vista a estimular o crédito à economia e favorecer o crescimento económico do país, num contexto de deflação e de aumento “expressivo” das reservas cambiais.
Essas medidas, segundo o anúncio feito esta sexta-feira pelo governador do BCV, João Serra, em conferência de imprensa, passam pela descida das taxas diretora, de reservas mínimas de caixa, de facilidade permanente de Cedência de Liquidez e de Facilidade de Absorção de Liquidez.
A taxa diretora passa dos atuais 3,75% para 3,5%, a de reservas mínimas de caixa de 18% para 15%, a de facilidade Permanência de Cedência de Liquidez de 6,75% para 6,5% e a de absorção de liquidez de 0,5% para 0,25%.
Com a implementação dessas medidas, o BCV espera uma aumento do crédito à economia e a redução das taxas de juro ativas, tendo em conta a folga criada com a redução dos custos operacionais.
Segundo João Serra, o aumento do crédito à economia, por sua vez, “induzirá um impulso adicional ao crescimento do produto interno bruto (PIB) real. Do mesmo modo, espera-se com essas medidas, contribuir para a elevação do índice de preços no consumidor, combatendo o cenário de deflação”.
O BCV espera ainda que os seus esforços sejam acompanhados pela banca, “no mesmo sentido” estimulando o crédito à economia como base para investimentos produtivos “indispensáveis para o crescimento económico”.
“A expetativa do BCV é que haja maior proatividade na seleção dos projetos para crédito, imposição de maior confiança no mercado, maior inovação e competitividade”, salientou.
No sistema financeiro, prosseguiu, os desafios centram-se na melhoria e reforço da supervisão bancária, aliada à modernização dos sistemas de pagamentos, criando condições para se acorrer a eventuais vulnerabilidades em instituições bancárias.
Essas novas medidas do Banco Central entram em vigor na próxima segunda-feira, 16 de fevereiro.
 

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