O vocalista da banda portuguesa “Santos e Pecadores”, Olavo Bilac, que lançou recentemente o seu primeiro álbum solo “Músicas do Meu Mundo”, está em Cabo Verde para a promoção do disco e para estabelecer alguns contactos artísticos com vista a parcerias futuras com músicos cabo-verdianos.
Olavo Bilac é filho de pais cabo-verdianos, mas nasceu em Moçambique e passou grande parte da sua vida em Portugal.
“Músicas do Meu Mundo” foi lançado em 2014. Um projecto “muito especial” para Olavo Bilac, voltado para a lusofonia.
Este primeiro trabalho surge após 25 anos a cantar nos Santos & Pecadores. “Após esse tempo precisava fazer outras coisas”, e “abraçar um novo projecto” neste momento em que o seu grupo está um bocado parado.
O regresso de Olavo Bilac a Cabo Verde, desta feita a solo é uma busca pelas raízes, ao mesmo tempo que aproveita para promover o trabalho e ainda conversar com outros músicos, mais jovens, a fim despertar novas parcerias. “Queria estar com outras pessoas. Fiquei surpreso porque vi muitos artistas que estão a reinventar a música de Cabo Verde”.
Olavo Bilac interessou-se pela música por inerência do pai, de quem herdou não só o sangue crioulo, o gosto pela música, mas também o nome. “Este disco é um bocado em homenagem a ele”.
Uma homenagem que se estende também à língua cabo-verdiana, uma vez que, fazendo parte da sua cultura, Bilac diz que houve uma altura em Portugal, em que “quase” era proibido falar a língua materna de Cabo Verde. “A morna ‘Fruto Proibido’ espelha isso”.
Com este primeiro álbum solo, Olavo Bilac volta-se, assim, para Cabo Verde e também quer ir a Moçambique e Brasil. “Quero quebrar fronteiras, ir às outras paragens da lusofonia. Muito possivelmente em Março e Abril poderei regressar a Cabo Verde”.
O artista fica por uma semana em Cabo Verde, a aprofundar as raízes e depois regressa para Portugal. Em carteira, já tem em vista o segundo trabalho que promete maior envolvência de músicos cabo-verdianos. CG
Olavo Bilac volta-se para Cabo Verde
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