Os eleitos da UCID na Assembleia Municipal de São Vicente decidiram não participar na sessão solene do Dia do Município, assinalado nesta quinta-feira. Justificam essa postura com a atitude “ditatorial” do presidente da Câmara Municipal, Augusto Neves.
Apesar de qualificarem como o acto político mais importante para o Município, os eleitos decidiram pela ausência.
“Acontece, no entanto, que o presidente da Câmara desde 2013 que transformou esse dia, no seu dia, pondo e dispondo a seu belo prazer, atropelando tudo e todos, querendo dessa forma silenciar a oposição com medo das críticas pelo seu péssimo desempenho no cumprimento das suas funções vinculadas nos sucessivos planos de actividades e orçamento”, declara o porta-voz Lídio Silva.
Para o partido social democrata, há dois anos que Augusto Neves arranjou uma desculpa “tão esfarrapada como maquiavélica” para afastar os eleitos da oposição. Isto porque em 2012 um “líder” proferiu um discurso que o presidente da CMSV não gostou. “Pelo que podem ver a petulância não tem limites. O presidente pensa que o município é sua cotada. E não é por acaso que ele numa sessão da câmara disse, eu cumpro as leis que eu quiser”, sublinha o eleito municipal
Por isso, não lhes restou outra alternativa, conforme Lídio Silva, que não fosse agir desta forma para “dar um basta às pretensões do ditador que à custa da UCID está preparar a sua candidatura solitária”. Segundo esse líder da bancada, a UCID tem se deixado levar pela “lábia” de Augusto Neves e ajudado a viabilizar instrumentos de gestão, que estão a ser guardados para as autárquicas. “Os 150 mil contos do empréstimo bancário, através de orçamento rectificativo, que em Maio do ano passado era tão urgente, por isso não havia tempo para esperar. E até hoje apenas algumas ruas foram calcetadas sem contudo ter tido uma gestão correcta em função das prioridades que vincularam os votos da UCID”.
Lídio Silva fala ainda nos milhares de postos de trabalhos que foram prometidos, mas que ninguém os vê. O que leva os eleitos da sua bancada a acreditar que os 150 mil contos “estão sendo bem guardados e a sete chaves para a campanha solitária” de Augusto Neves, acusa.
Deste modo, todos os deputados da bancada da UCID estão proibidos de participar na sessão solene, com risco de os desrespeitosos sujeitarem-se a processos disciplinares. Conforme Silva essa ausência foi comunicada pela Assembleia à Câmara Municipal que deveria dar uma resposta até segunda-feira (19), mas até agora não reagiu.
LN
São Vicente: Eleitos da UCID “boicotam” festividades do Município
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